ESP/CE lança novo programa de formação para supervisores de residências em saúde; iniciativa deve beneficiar mais de 100 profissionais no Ceará
8 de junho de 2022 - 09:39 ##Programa de Valorização da Supervisão em Residências em Saúde ##Velas #Residências em Saúde
Texto: Daniel Araújo Fotos: Deborah Muniz
Em um processo de formação de residentes na área da saúde, o supervisor assume vários papéis. Além de orientador, tutor, supervisor e mentor, esse profissional é responsável pelo planejamento, juntos aos pares e preceptores, do próprio programa.
Para fomentar a valorização e a capacitação desse profissional, a Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), vinculada à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), lançou o “Vivências em Liderança e Aprendizagem para Supervisores de Residências em Saúde” (Velas).
A iniciativa foi lançada na manhã desta terça-feira (07) em solenidade realizada na sede da ESP/CE. A expectativa é que mais de 100 supervisores dos programas de residência médica e multiprofissional da Escola sejam capacitados pelo projeto. Atualmente a ESP conta com um corpo de 98 supervisores dessas iniciativas.
De acordo com a diretora de Educação e Extensão, Olívia Bessa, esse é um processo que teve início a partir do Programa de Valorização da Supervisão em Residências em Saúde. Lançado no final de 2019, a proposta visa melhorar a formação do supervisor para o exercício das competências e da missão nos processos formativos dos residentes em saúde da Escola.
“Nossa ideia é qualificar cada vez mais os serviços de saúde e promover as transformações nos ambientes de assistência onde tem uma demanda muito grande de qualificação e de melhoria da atenção ao nosso paciente. Claro que isso não é possível sem a mediação e o desenvolvimento dos nossos supervisores”, frisou.
O projeto terá carga horária de 180 horas, duração de seis meses e será ministrado por um corpo de facilitadores da Escola. Haverá certificação de nível de aperfeiçoamento. Durante um período de seis meses os supervisores acessarão métodos pedagógicos baseados em treinamentos de habilidades, workshops virtuais ao vivo, módulos de aprendizagem on-line, dinâmicas individuais e em equipe, bem como um projeto final focado nos programas de residência.
O projeto terá carga horária de 180 horas, duração de seis meses e será ministrado por um corpo de facilitadores da Escola. Haverá certificação de nível de aperfeiçoamento.
“Esse processo de formação de vocês não irá se encerrar em dezembro. O que queremos é qualificar cada vez mais esse processo de formação que não é terminal. A gente precisa estar sempre juntos e formando essa grande rede colaborativa, essa comunidade de práticas”, ressaltou a gestora.
Tutor do Programa de Residência da Família e Comunidade da Residência Multiprofissional, Edmilson Gomes, falou aos supervisores que embarcarão no “Velas” pelos próximos meses. “Vocês, enquanto tutores, já levam esse engajamento aplicado direto nos seus territórios de atuação. Em um processo construído a partir de vários saberes, onde, dentro dessa práxis, se consegue fortalecer a residência nos territórios de prática”, refletiu.
A solenidade contou com uma mesa de debates formada pelos tutores da Residência Multiprofissional (Resmulti) da ESP, Valesca Brito e Edmilson Gomes; do supervisor da Residência Médica, Enairton da Silva; da supervisora da Resmulti, Larissa Batista; e do gerente de Educação Permanente em Saúde da ESP, Fabrício Martins.
O consultor educacional do Velas, Henrique do Carmo e Sá, realizou a apresentação do projeto a partir de uma atividade interativa. A condução das atividades foi feita pela gerente de Pós-graduação em Saúde da Escola, Alciléa Carvalho; e da coordenadora pedagógica do Velas, Isabel Cardoso.
O projeto
A formação do “Velas” visa desenvolver habilidades, estratégias e técnicas necessárias para formar supervisores qualificados que possam, com base na construção de um currículo transversal e integrado, aplicar teorias educacionais e ensinar as melhores práticas aos residentes em uma variedade de configurações (comunitárias e hospitalares), equipando a futura força de trabalho na área da saúde para o melhor desenvolvimento do Sistema Único de Saúde.