Em caráter pioneiro, Ceará lança Programa de Valorização para Supervisores de Residências
3 de dezembro de 2019 - 16:03 #ESP/CE #Governo do Estado do Ceará #Programa de Valorização da Supervisão de Residências em Saúde
Um novo tempo se inicia a partir de agora para a Supervisão de Residências em Saúde do Estado do Ceará. Isso porque o Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (SESA) e Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), lançaram oficialmente na manhã desta terça-feira, 03, o Programa de Valorização da Supervisão de Residências em Saúde.
O evento contou com a participação do governador Camilo Santana, do secretário da Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto), além de gestores, profissionais da saúde, residentes e supervisores dos programas de residência em saúde do Ceará, parlamentares, acadêmicos e sociedade civil.
O governador ressaltou o papel da escola tanto no âmbito da formação quanto na inteligência em saúde do estado. “Ela será esse órgão que vai avaliar, acompanhar e coordenar todo esse processo no Ceará. Por isso nós vamos fortalecê-la cada vez mais porque sem planejamento, sem foco e sem metas fica difícil fazermos qualquer política pública”, afirmou.
Esse papel de núcleo formador foi igualmente ressaltado por Marcelo Alcantara. Para o superintendente da ESP/CE, a instituição deve reafirmar ainda mais sua vocação enquanto “centro pensante do sistema de saúde no estado do Ceará”. De acordo com o gestor, essa é uma proposição que além de impactar na força de trabalho e no fortalecimento do ensino nos hospitais e unidades de saúde. “A gente espera com isso inclusive disseminar essa prática nos outros programas dos outros âmbitos da gestão da saúde tanto federal quanto municipal”, projetou.
Parte desse pensamento foi o que orientou a construção do programa. A iniciativa, lançada em agosto deste ano, foi idealizada como uma proposição do Centro de e Residências em Saúde da ESP/CE, com o objetivo de valorizar o trabalho realizado atualmente pelo corpo de supervisores dos Programas de Residência Médica (Resmed) e Residência Multiprofissional em Saúde (Resmulti) da ESP/CE.
A proposta, portanto, visa melhorar a formação do supervisor para o exercício das competências e da missão nos processos formativos dos residentes em saúde. “Ele vai ter uma capacitação docente. Terá uma chance de contribuir com trabalhos científicos os na área de educação em saúde e na própria área de especialidade dele publicando em congressos e revistas e se aperfeiçoando na carreira”, reforça o superintendente da ESP/CE.
Para o Secretário da Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, essa é uma iniciativa que parte da intenção de se valorar a relação com as pessoas. Segundo o gestor, o foco dos trabalhos desenvolvidos pelos núcleos de saúde do estado devem ser pautados com foco no cidadão. “Isso aqui é uma semente dentro de um processo que nós acreditamos que tem como fundamento básico o conhecimento como metodologia de transformação da realidade social”, disse.
Perspectivas
Pela proposta do Programa de Valorização da Supervisão de Residências em Saúde do Estado, tanto a Resmed quanto a Resmult contem com a criação de um corpo de supervisores que serão acompanhados pela ESP/CE e pela SESA a partir de processo seletivo.
A seleção, que está com inscrições abertas até às 23h59 desta terça-feira, 29, prevê a formação de um banco de colaboradores para atender às demandas do programa por meio do Centro de Residências em Saúde (Ceres) da ESP/CE. As inscrições podem ser feitas de forma gratuita pelo endereço: https://www.esp.ce.gov.br/2019/11/27/17086/
A expectativa é que, com o lançamento do projeto, o número de supervisores nos Programas de Residência Médica (Resmed) e Residência Multiprofissional em Saúde (Resmulti) da ESP/CE amplie para mais de 150 já em dezembro de 2019. Atualmente a instituição possui cerca de 108 supervisores.
Uma dessas profissionais impactadas por esse acompanhamento é Vitória Rabelo. Residente em Saúde da Família no município de Milagres, ela destaca o caráter interdisciplinar desenvolvido ao longo da formação. “Fazemos um trabalho baseado em toda a riqueza social e cultural conhecendo todas as demandas e as práticas de saúde da população no território e vivendo tudo o que o Sistema Único de Saúde (SUS) propõe”, afirma.
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