Histórico da ESP/CE resgata trabalho de 28 anos na educação e inovação em saúde cearense

22 de julho de 2021 - 11:36 # # # # #

Texto: Daniel Araújo Arte Gráfica:

Quem não ama uma boa história? Quando bem contada, ela pode representar um trabalho construído ao longo de um período de tempo e a partir de um corpo coletivo formado por múltiplas mentes e corações. No caso da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), vinculada da Secretaria da Saúde do Ceará (SESA), esse é um resgate que passa pelas mãos de muitos cearenses, entre profissionais da saúde, gestores e sociedade civil. 

Os últimos 28 anos da instituição estão expostos em uma linha do tempo que remonta o ano de 1993, marco da fundação da autarquia, até 2021. A iniciativa foi organizada com base nos marcos históricos da escola, partindo da proposta de criação do órgão ao Governo do Estado do Ceará ainda em janeiro de 1992 e traçando um percurso entre os diferentes superintendentes e projetos executados nesse meio tempo. 

“Para cada gestão fizemos um recorte do que caracterizou o período e elencamos os principais acontecimentos. Para a atual gestão, o recorte foi feito a partir do discurso de posse do superintendente e da avaliação realizada após um ano de gestão, explica a assessora técnica da ESP/CE, Maria do Carmo Aires Ribeiro, uma das responsáveis pelo levantamento do conteúdo e publicação do material no site da instituição. 

Da gestão de Frederico Augusto Lima e Silva, o levantamento ressalta o forte trabalho de base executado nos campos da formação e aperfeiçoamento dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) entre 1993 e 1995. Na sequência, o apanhado coloca em perspectiva a gestão de Sílvia Mamede Soares, que por dois mandatos consecutivos entre 1995 a 2002, fomentou a capacitação dos profissionais de saúde do estado e nos seus papeis nos processos geradores de saúde/doença no Ceará.  

Os trabalhos da instituição seguiram no início dos anos 2000 com as gestões de Anamaria Cavalcante e Silva (2003 – 2006), Mário Mamede (2007 – 2008), Haroldo Carvalho Pontes (2008), Ivana Barreto (2011 – 2014), Salustiano Pessoa (2015 – 2018) e Marcelo Alcantara (2019 – atualmente). Juntos, cada um desses gestores levaram o projeto de desenvolvimento da ESP/CE em diferentes frentes e contextos sempre com a intenção principal de promover ações de educação em saúde de modo sustentável. 

Para Maria do Carmo, essa memória institucional é um importante recurso que auxilia na tomada de decisões estratégicas e colabora diretamente para a geração de conhecimento e inovação. “A linha do tempo é essa ferramenta que além de reunir e disponibilizar fontes de informação contidas no acervo documental da instituição, preservar e divulgar a história da ESP/CE, compreendendo as diferenças e  reconhecendo os limites de cada período”, contextualiza. 

Olhando para um futuro repleto de desafios mas também composto de muitas oportunidades, a ESP/CE assume o compromisso de seguir atuando como uma referência na área do ensino, da inteligência, pesquisa e inovação em saúde pública. Todo esse trabalho vem para somar com as novas atribuições que ela passa a assumir a partir do seu reconhecimento enquanto Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT), o que permite contribuir com o desenvolvimento de pesquisas e inovação no sistema de saúde do estado.

>> Acompanhe o depoimento do ex-superintendente da ESP/CE (2015-2018), Salustiano Pessoa: 

Alinhada com esse novo perfil, a autarquia tem trabalhado no pleno desenvolvimento de ferramentas e soluções em saúde executadas individualmente ou por meio de de parcerias público-privadas, como ocorreu com a criação do hotsite Coronavírus, do capacete de respiração assistida Elmo do super app dos profissionais de saúde, iSUS, entre outros projetos.

>> Acompanhe o depoimento do atual superintendente da ESP, Marcelo Alcantara: 

(Todos os superintendentes foram contactados para a produção dessa reportagem).

Também somam-se a esses esforços, a estruturação do Centro de Inteligência em Saúde do Estado do Ceará (Cisec) e da Rede Estadual de Pesquisa Clínica (Repclin), que apoiará estudos clínicos realizados nas unidades de saúde da Rede Sesa; do Programa Ampliares – Ampliação e Regionalização das Residências em Saúde, da revista científica Cadernos ESP, além de outras relevantes ações formativas como os treinamentos para uso do Elmo em todo o Brasil e a promoção de cursos de educação profissional, educação permanente e pós-graduação em saúde no Ceará. 

Portanto, há quase 3 décadas, o histórico da ESP/CE traz consigo um forte legado em diferentes campos de atuação no setor.