Atualização em Doença de Chagas e Malária realiza último módulo presencial

23 de setembro de 2019 - 10:52 # # #

Assessoria de Comunicação e Marketing da ESP/CE

A Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), por meio do seu Centro de Educação Permanente em Vigilância em Saúde (Cevig), iniciou nesta segunda-feira, 23, o último módulo presencial do Curso de Atualização em Diagnóstico Laboratorial da Doença de Chagas e Malária.

Realizado por meio de parceria com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará (COVIG/SESA/CE), os encontros ocorrerão na sede desta instituição até o próximo dia 27.

O curso objetiva capacitar os profissionais bioquímicos da Rede LACEN/CE (Laboratório Central do Ceará), dos laboratórios de hospitais de referência no diagnóstico parasitológico das doenças de Chagas e Malária e coordenadores da epidemiologia do Ceará. A formação possui uma carga horária de 80 horas e teve início em agosto.

Histórico

A doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Apresenta uma fase aguda que pode ser sintomática ou não, e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.

Na fase aguda da Doença de Chagas, o diagnóstico baseia-se na presença de febre prolongada (mais de sete dias) e outros sinais e sintomas sugestivos da doença, como fraqueza intensa e inchaço no rosto e pernas, e na presença de fatores epidemiológicos compatíveis, como a ocorrência de surtos (identificação entre familiares/contatos). Já na fase crônica, a suspeita diagnóstica é baseada nos achados clínicos e na história epidemiológica.

Já a malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma no caso de uma nova infecção.

A malária não é uma doença contagiosa. Uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa, é necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego), infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente.

No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade mais elevada que na região Amazônica.