Oficina capacita profissionais para Coleta de Dados de Doenças Crônicas Não Transmissíveis

28 de agosto de 2019 - 15:19 # # #

Assessoria de Comunicação e Marketing da ESP/CE

A Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), em parceria com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVIG) e o Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NUVEP), realizou nos últimos dias 27 e 28 de agosto a I Oficina de Coleta de Dados para a Implantação da Vigilância dos Fatores de Risco e Proteção para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis. As atividades ocorreram no município do Crato e foram executadas pelo Centro de Educação Permanente em Vigilância em Saúde (Cevig) da ESP/CE.

A iniciativa faz parte do Programa de Vigilância dos Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas não Transmissíveis no Estado do Ceará e tem como principal objetivo a implantação de um sistema de vigilância dos fatores de riscos em populações nas faixas etárias de 30 a 69 anos nos municípios prioritários das cinco macrorregiões do Estado do Ceará.

Nesse primeiro momento, 200 Agentes Comunitários de Saúde foram capacitados para aplicação dos instrumentos “Viver Mais Ceará”. O objetivo é que, a partir dos dados obtidos relativos à: morbidade referida, estado nutricional, consumo alimentar, consumo de bebida alcoólica, atividade física e tabagismo, possa-se ter informações acerca dos hábitos e comportamentos de risco da população cearense que estejam propiciando o desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).

Com base nesses indicativos, será possível realizar o monitoramento contínuo da ocorrência das DCNT e seus fatores de risco de tal forma que os gestores e profissionais de saúde tenham subsídios para elaboração de políticas públicas efetivas de promoção da saúde.

Em 2019 foram selecionados 20 municípios prioritários das cinco Macrorregiões de Saúde do Estado, entre eles: Maracanaú, Itapipoca, Caucaia, Cascavel, Maranguape, Aquiraz, Pacajus, Pacatuba, Tianguá, Crateús, Sobral, Crato, Juazeiro do Norte, Icó, Iguatu, Canindé, Quixeramobim, Quixadá, Aracati e Russas. Os critérios para escolha dos municípios utilizou como parâmetro as taxas de mortalidades elevadas das localidades e o quantitativo populacional acima de 65.000 habitantes. O programa prevê uma expansão para todos os 184 municípios cearenses até 2023.

Panorama

No Ceará, estima-se que em 2017, as Doenças Crônicas não Transmissíveis, tenham sido responsáveis por 50,2% do total de mortes, com destaque para as doenças do aparelho circulatório, neoplasias, diabetes mellitus e doenças respiratórias crônicas. Vale ressaltar, que o maior número de óbitos ocorre na população com idade de 30 a 69 anos, o que justifica a escolha da faixa etária para o programa.