ESP/CE promove primeiro módulo do Curso de Hanseníase

9 de agosto de 2019 - 10:18 # # #

Assessoria de Comunicação e Marketing

A Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins promoveu o primeiro módulo, de 6 a 8 de agosto passado, do Curso Básico Práticas Docentes em Vigilância e Controle de Hanseníase. Ofertado pelo Centro de Educação Permanente em Vigilância da Saúde da ESP/CE, o curso terá ainda um segundo módulo, a ser realizado nos dias 3 e 4 de setembro. A atividade conta com a parceria da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará.O primeiro momento presencial aconteceu no Centro Universitário INTA – UNINTA,em Sobral.

Do curso participam 28 profissionais (enfermeiros e médicos) dos municípios da regional de saúde de Sobral. No primeiro módulo, foram desenvolvidas atividades teórico-práticas, avaliação integral do paciente, atividades que acrescentam e sistematizam o conhecimento teórico que sustenta a prática. O segundo módulo presencial promoverá a articulação e reflexão dos conhecimentos construídos ao longo do curso, onde os alunos irão realizar a apresentação das vivências no território de origem e o monitoramento e avaliação das ações de controle da hanseníase.

O curso tem como objetivo o fortalecimento das ações de vigilância e prevenção de incapacidade das pessoas acometidas pela hanseníase e/ou com maior vulnerabilidade, visando à melhoria do perfil social, clínico e epidemiológico.

Os participantes são médicos e enfermeiros atuantes nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) da região de Sobral e dos seguintes municípios: Frecheirinha, Moraújo, Irauçuba, Massapê, Alcântaras, Mucambo, Ipu, Catinda, Graça, Pacujá, Pires Ferreira e Hidrolândia.

No Ceará, os casos de hanseníase apresentam crescimento da doença. Em 2018, segundo dados da Secretaria da Saúde do Ceará, foram registrados 1.700 novos casos. Foi um aumento de quase 9,5% em relação a 2017, quando o Estado teve 1.554 casos da doença.

Doença

De origem infectocontagiosa, a hanseníase é transmitida pelo ar, em contato frequente com a pessoa doente, assim como por tosse ou espirro. Como prevenção, familiares e pessoas próximas a infectados devem procurar uma unidade de saúde para avaliação. No caso de não diagnosticada, a orientação é que a pessoa receba uma dose de reforço da vacina BCG, que aumenta as defesas do imunizado contra a doença.

A vigilância e o controle da hanseníase, por meio de ações com foco na Atenção Primária, podem facilitar o acesso ao tratamento oportuno reduzindo as incapacidades físicas, que são a mais séria consequência de um diagnóstico tardio.

A hanseníase tem cura. No entanto, pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não for realizado adequadamente, pelo período recomendado pelo médico, já que atinge pele e nervos.

O tratamento para hanseníase é gratuito e oferecido na rede básica do Sistema Único de Saúde (SUS). No Ceará, o Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária Dona Libânia, da rede Sesa, é uma das principais referências de acompanhamento e atendimentos às pessoas com hanseníase. Fica na Avenida Pedro I, 1033, no Centro de Fortaleza.

O tratamento, que tem duração de seis meses a um ano, é feito de forma ambulatorial, oferecido pela rede básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, um dos indicadores favoráveis à transmissão da doença continua sendo a taxa de abandono, que em 2017 chegou a 4,6, reduzindo em 5% o índice de cura, de 84,2% no mesmo ano, em relação a 2014.