Fórum debate enfrentamento ao sarampo

30 de julho de 2019 - 09:50 # # #

Assessoria de Comunicação e Marketing

O recrudescimento de casos de sarampo no mundo e no Brasil exige um plano de ação para evitar que a doença retorne ao Ceará. Essa foi a conclusão dos grupos de trabalho reunidos, nesta manhã, dia 29, no Fórum Temático “Sarampo Nunca Mais”, no auditório da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins. A iniciativa foi da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS), por meio da Coordenadoria de Educação em Saúde, Ensino, Pesquisa e Programas Especiais (COEPPE), em parceria com a Secretaria da Saúde do Ceará (SESA) e da ESP/CE.

O evento contou com a participação de gestores da saúde e lideranças de entidades de turismo, educação e da igreja. Objetivamente, o fórum possibilitou um debate sobre a possibilidade concreta do retorno do sarampo à Fortaleza em 2019/2020 e sugerir estratégias para integrar as ações da SMS com as iniciativas de outros setores vitais da sociedade, com a finalidade de deter a propagação da doença na capital cearense.

No final do fórum, foi elaborado um Plano de Ação para ampliar o alcance vacinal na população, como medida de controle do sarampo em Fortaleza. Apesar de ser uma doença imunoprevenível, o sarampo tem recrudescido, nos últimos anos, em várias partes do mundo, e, no Brasil, atualmente, estão ocorrendo surtos de sarampo no Estado de São Paulo, que já contabiliza 484 casos de sarampo. Desse total, 363 foram registrados na cidade de São Paulo.

Na abertura do evento participaram Joana Maciel, secretária da Saúde de Fortaleza; Luís Carlos da Costa, secretário de Turismo de Fortaleza; Eliseu Barros, presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira – secção Ceará; Celina Castro Alves, representante do Bureau de Negócios de Fortaleza. Joana Maciel agradeceu a presença das lideranças e solicitou a colaboração de todos no sentido de se engajarem no esforço para que, segundo ela, “Fortaleza, uma cidade turística com grande incidência de visitantes, possa conter o retorno do sarampo”.

Alerta

Com uma estratégia de enfrentamento da epidemia, iniciada em dezembro de 2013, que se tornou referência internacional, o Ceará foi declarado livre do sarampo em 2016, após o fim da transmissão do vírus, anunciado em 24 de setembro de 2015. O Ceará continua livre do sarampo, mas a ameaça a essa condição se aproxima com o recrudescimento da doença no mundo e o seu avanço no estado de Roraima, com 40 casos confirmados, e no Amazonas, quatro casos em Manaus.

As vacinas de rotina estão disponíveis em todos os municípios e permitem a prevenção, o controle, a eliminação e a erradicação das doenças imunopreveníveis. A população deve permanecer alerta para a atualização do cartão de vacinação. A vacina Tríplice Viral protege contra o sarampo, caxumba e rubéola e é indicada para vacinação da população a partir dos 12 meses até 49 anos de idade. A Tetra Viral, que protege contra o sarampo, caxumba, rubéola e varicela, é indicada para a vacinação de crianças com 15 meses de idade que já tenham recebido a primeira dose da vacina tríplice viral.

Há dez anos consecutivos, o Ceará ultrapassa a meta de vacinação (que é de 95%). O último caso no Ceará foi em 6 de julho de 2014. Apesar dos quase cinco anos sem um caso confirmado, a coordenadora de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Ceará (SESA) informa que a vacina pode ser tomada por qualquer pessoa que busque uma unidade básica de saúde.

Sintomas

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. A presença do vírus no sangue provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas, inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas. Isso resulta no quadro espoliante característico da infecção. Além disso, as complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

A doença é de distribuição universal e apresenta variação sazonal. Nos climas temperados, observa-se o aumento da incidência no período compreendido entre o final do inverno e o início da primavera. Nos climas tropicais, a transmissão parece aumentar depois da estação chuvosa. O comportamento endêmico do sarampo varia, de um local para outro, e depende basicamente da relação entre o grau de imunidade e a suscetibilidade da população, além da circulação do vírus na área.