Nova turma da RIS-ESP/CE inicia atividades

A Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) promoverá, entre os dias 01 a 23 de março de 2018, a 5ª Edição da Imersão dos Residentes da Turma V (2018 – 2020) da Residência Integrada em Saúde RIS/ESP-CE. A atividade contemplará a acolhida de 303 profissionais de saúde-residentes, dando início a formação em saúde de mais uma turma no Ceará. O encontro ocorrerá no Meridional Convenções Center, localizado na Avenida Santos Dumont, nº 779, Centro, Fortaleza.

A Turma V (2018 – 2020) da  RIS-ESP/CE começará suas atividades num contexto de desafios e reconstruções, éticas e políticas, do Sistema Único de Saúde no Ceará e no Brasil. Desde 2013, ano que marca o princípio desta caminhada, a RIS-ESP/CE mostra-se como importante estratégia de fortalecimento do SUS e da formação dos trabalhadores da Saúde no Ceará, sempre comprometida com a universalidade, a integralidade e a equidade, princípios doutrinários do nosso sistema de saúde nacional.

A ESP/CE tem como missão “promover a formação e educação permanente, pesquisa e extensão na área da Saúde, na busca de inovação e produção tecnológica, a partir das necessidades sociais e do SUS, integrando ensino-serviço-comunidade, formando redes colaborativas no e para o SUS”. Em busca de cumprir com sua missão, a ESP/CE tem procurado repensar a formação, na área da saúde, e como as profissões da Saúde tem contribuído e podem potencializar, ainda mais, a reflexão e a atuação de seus papéis no fortalecimento e consolidação do Sistema Único de Saúde.

Diante disso, a RIS-ESP/CE está embasada política e ideologicamente na Constituição Federal, nos artigos nº 196 e nº 200, inciso III, que doutrinam respectivamente sobre o Direito Social à Saúde e sobre a competência do SUS acerca da ordenação da formação de trabalhadores da saúde; nos princípios do SUS; na missão da ESP/CE; na cidadania e no protagonismo de todos os sujeitos envolvidos no processo de gerir e cuidar da saúde. A  RIS-ESP/CE se apresenta, segundo a gestora Amanda Frota, como estratégia para “ativar/capacitar lideranças técnico-científicas e políticas por meio da interiorização da educação permanente e interprofissional em saúde na perspectiva de contribuir para a carreira na Saúde Pública e para o fortalecimento e consolidação do Sistema Único de Saúde”.

Amanda Frota lembra que é importante compreender o cenário sócio epidemiológico do estado e contextualizar os profissionais de saúde-residentes) acerca das políticas de Saúde do Ceará. Nesse contexto,  a gestora explica que a territorialização em saúde consiste em uma metodologia capaz de operar mudanças no modelo assistencial e nas práticas sanitárias vigentes. Portanto, ressalta ela, “territorializar é compreender as tramas e emaranhados constitutivos dos espaços de convivência social e comunitária, onde devemos sempre estar atentos aos saberes e fazeres que ali se forjam e que em muito podem contribuir para os processos de trabalho e aprendizagens nos cenários de prática da saúde”.

Na Semana de Imersão, os diversos profissionais de saúde-residentes que ingressaram na RIS-ESP/CE terão a oportunidade de refletir uma atuação voltada para as necessidades socioepidemiológicas da população e comprometida ética e politicamente com o SUS, responsabilizando-se e protagonizando tal atuação. Nesse cenário,  Amanda Frota explica que “faz-se necessário que os profissionais de saúde-residentes compreendam os objetivos da RIS-ESP/CE enquanto estratégia de Educação Permanente Interprofissional no Estado e como estas se organizam. Assim, os profissionais de saúde-residentes terão a possibilidade de territorializar-se no contexto da RIS-ESP/CE (Rede de Saúde do Estado, a Escola de Saúde Pública do Ceará, a RIS-ESP/CE e os territórios de atuação nos respectivos municípios e hospitais)”.

Módulo I

O Módulo I (Território e Saúde) tem como objetivo desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes que contribuam para a Territorialização nos contextos acima descritos. Serão utilizadas diversas estratégias de aprendizagem, com a finalidade de ampliar e aprofundar a discussão dos profissionais de saúde-residentes acerca da temática, bem como instrumentalizá-los para inserção e atuação nos seus cenários de prática, compreendendo-os como protagonistas desse processo.

Durante as três semanas de Imersão, serão adotadas estratégias pedagógicas participativas, conceituais e metodológicas, tais como: “Roda Viva do SUS”, “Café com Política”, “Se aChega RIS”, “Bora RIS”, “Se aMostra RIS”, “Conversa de Sofá”, “IntegraRIS”, “Cine Clube RIS”, “Movimenta RIS”, “Vivências práticas em território”, “Território RIS”, que comporão e facilitarão a integração de forma a fomentar saberes, habilidades e atitudes que contemplem as competências a serem desenvolvidas no percurso de atuação-formativa dos profissionais de saúde-residentes.

Na última semana, os profissionais de saúde-residentes ingressarão em um cenário de prática específica (municípios e hospitais), o que também lhes exige compreender esse contexto, territorializando-o. Amanda Frota esclareceu que “a apropriação desse cenário se faz desde conhecer os principais indicadores sócioepidemiológicos, as suas organizações e dinâmicas, suas histórias, os sujeitos envolvidos, seus limites e potencialidades, apreendendo, assim, o modo de vida e de trabalho e os processos saúde-doença-cuidado construídos nos territórios/ cenários de prática. É a partir daí que as equipes de profissionais de saúde-residentes, embasados teórico e metodologicamente na Colaboração Interprofissional e no Trabalho em Equipe, terão elementos para construir seus processos de trabalho, desenhando, de forma protagonista, os caminhos de atuação-formação nos respectivos cenários de prática”.