Feminização da Aids é debatida na ESP/CE

5 de dezembro de 2017 - 08:46

Ter, 5 de dezembro de 2017 12:39

 

 

A Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), em alusão às comemorações do Dia Mundial de Combate à Aids, realizou na última sexta-feira, 1º de dezembro, uma roda de conversa sobre a feminização da Aids. O encontro fez parte da da programação dos “16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher.
 
 
 
O momento contou com a participação do psicólogo Theófilo Gravinis e dos profissionais da ESP/CE.  A instituição aderiu à campanha juntamente com a Universidade Regional do Cariri (URCA), por meio do Observatório da Violência e dos Direitos Humanos na Região do Cariri, e com a Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres do Governo do Ceará.
 
 

 

De acordo com Theófilo Gravinis, os últimos anos registraram um aumento considerável dos casos de mulheres infectadas por HIV. “No Ceará, nós temos 12 municípios onde há mais casos de Aids em mulheres do que em homens”, alerta. Segundo Gravinis, há 15 anos os números apontavam que para cada 15 homens infectados, havia uma mulher com HIV. Ele também enfatizou questões importantes relativas aos riscos de infecção, como nos casos de relações desprotegidas. “Se a pessoa tem o vírus mas não é diagnosticada e não faz o tratamento, a transmissão se torna real através da relação sexual”, ressaltou.
 
 

 

Outros assuntos abordados no debate foram os conceitos de gênero para uma melhor compreensão da epidemia de Aids a partir de importantes categorias como classe, identidade, papéis sociais e outras formas de desigualdade às quais as mulheres podem estar expostas. Para o psicólogo, é necessário desmistificar alguns tabus e preconceitos. “Não é porque a mulher gosta de sexo que ela contrai Aids. A promiscuidade está em não se cuidar. E não no número de parceiros”, esclarece.

Histórico

 

Os primeiros casos femininos de infecção por Aids foram registrados no final da década de 1980. No Brasil, dados divulgados no segundo semestre deste ano pela UNAids, órgão das Nações Unidas para lidar com a epidemia, apontam que o total de novas infecções a cada ano no Brasil aumentou em 3% entre 2010 e 2016.
 

 

Apesar de o aumento ter sido pequeno, o dado preocupa pelo fato de a população brasileira seguir uma tendência contrária registrada na média mundial, cujas taxas sofreram uma contração de 11%, segundo relatório da UNAids. 

 

 

 

 

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