Saúde masculina é debatida no Colóquio ESP

23 de novembro de 2017 - 12:24

Qui, 21 de novembro de 2017 16:20

 

 

A promoção da saúde integral do homem foi o tema da segunda edição do Colóquio ESP – Saúde em Foco, realizado, na manhã do dia 23, no Instituto JCPM de Compromisso Social, sediado no Shopping RioMar Fortaleza. Promovido pela Escola de Saúde Pública do Ceará, por meio da Assessoria de Desenvolvimento Institucional (Adins), o eventou contou com a presença de profissionais da saúde, servidores da ESP/CE, acadêmicos de Enfermagem da FANOR e de pessoas atendidas pelo Instituto JCPM.

 

 

A iniciativa, que contou com a parceria do Instituto JCPM, FANOR e UFC,  teve como principal objetivo fomentar uma discussão sobre a prevenção do câncer de próstata, estimulando o conhecimento sobre a promoção da saúde integral do homem e está inserida nas ações da campanha Novembro Azul.

 

 

 

 

Debate

O debate foi aberto pelo superintendente da ESP/CE, Salustiano Pessoa (especialista em cirurgia oncológica, cirurgia plástica e microcirurgia reconstrutiva), que definiu  saúde como um bem estar físico, mental e social.  Ele observou que as ações preventivas da saúde masculina somente, nos últimos anos, tem merecido mais atenção dos governos. Salustiano Pessoa parabenizou a iniciativa do Colóquio ESP-Saúde em Foco na escolha do tema e considerou de extrema importância a parceria com outras instituições como a FANOR, Universidade Federal do Ceará e Instituto JCPM. “A parceria possibilita não só a discussão como também o planejamento de ações efetivas para a melhoria da saúde pública”, destacou ele.

 

 

Com  15 anos de experiência no ramo da Urologia, Vladimir Oliveira (cirurgião oncológico e especialista em câncer urológico) disse que  a campanha Novembro Azul, desde o seu surgimento, tem contribuído para esclarecer a população masculina sobre os diferentes tipos de câncer. Segundo ele, o preconceito ainda é o maior problema, em função da resistência dos homens em procurar um serviço médico.  Isso foi confirmado por Salustiano Pessoa, ao informar que dados de recente pesquisa revelam que 16 milhões de consultas eram de mulheres, enquanto apenas 2 milhões eram feitas por homens.

 

 

 

 

Para se ter um diagnóstico eficaz do câncer de próstata, Valdimir Oliveira ressaltou que são necessários a coleta do PSA e o toque retal. A partir dos 50 anos, segundo ele, o homem deve começar a fazer a prevenção procurando um urologista. “A vigilância é muito importante para se diagnosticar a presença de tumores benígnos ou malígnos”, ressaltou o urologista.

 

 

A outra debatedora foi Clarissa Esmeraldo, psicóloga graduada e com mestrado pela UFC, psicanalista com formação no Corpo Freudiano Escola de Psicanálise. Ela avaliou que a resistência dos homens em cuidar preventivamente da saúde é ainda um agravante. No caso do câncer da próstata, Clarissa Esmeraldo enfatizou que “essa patologia está carregada de machismo e muita desinformação, fatores que elevam a incidência da doença”. Clarissa Esmeraldo aconselhou um acompanhamento psicológico para os homens diagnosticados com câncer de próstata.  “Assim como qualquer outro tipo de câncer, o da próstata afeta o estado emocional dos pacientes e, por isso mesmo, a orientação de um psicólogo é indispensável”, recomendou.

 

 

 

Incidência

O câncer de próstata é considerado o segundo mais comum na população masculina em todo o mundo. A maioria dos diagnósticos é constatada em homens acima dos 65 anos, e somente menos de 1% é diagnosticado em homens abaixo dos 50 anos. Esse é um tipo de câncer que acomete a glândula da próstata, que faz parte do sistema reprodutivo do homem. Considerada uma doença silenciosa, pode demorar anos para se manifestar e os sinais costumam aparecer já na fase avançada.

 

 

Com o aumento da expectativa de vida mundial, estima-se que o número de novos casos aumente cerca de 60%. Para esse tipo de câncer, a estimativa é de 2.550 novos casos no Ceará, sendo 590 só em Fortaleza, segundo dados do Instituto do Câncer do Ceará – ICC.

 

 

Novembro Azul

Criado por um grupo de amigos australianos em 2003, o projeto – que tem o bigode como seu símbolo – tem o objetivo de conscientizar os homens sobre cuidados básicos de saúde e, principalmente, sobre a luta contra o câncer de próstata.
 
No Brasil, a campanha tem como objetivo eliminar o preconceito masculino de ir ao médico e submeter-se ao exame de toque. A campanha tem uma grande adesão e intensa receptividade pelos mais diversos órgãos públicos e privados.  Entre as principais ações destacam-se as palestras educativas e eventos acerca da temática.

 

 

 

 

 

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