Roda de Conversa reflete a Educação em Saúde

A importância da implicação nos processos relacionados às atividades da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (Pneps) foi debatida, no último dia 30, durante uma Roda de Conversa realizada na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE). O encontro reuniu gestores e profissionais da instituição e contou com a presença da Doutora em Saúde Coletiva, Maria Rocineide Silva.

 

O momento foi pensado enquanto ação educacional preparatória para o Seminário de Educação Permanente em Saúde: Desafios e Possibilidades no Contexto do Ceará, promovido pela Secretaria da Saúde do Ceará (SESA). A relevância de o profissional que atua na saúde em se colocar como um personagem atuante nesse processo das práticas de educação em saúde foi um dos principais pontos colocados em discussão.

 

Para a Doutora em Saúde Coletiva, Rocineide Silva, é necessário pensar como dar sentido às reais necessidades dos territórios onde a educação permanente em saúde brasileira tem atuando nos últimos anos. “Porque no dia a dia do trabalho, o gestor pode orientar minhas ações. Mas, no meu encontro com o outro, sou eu quem vou tomar as decisões”, ressaltou.

 

Essa tomada de responsabilidade de cada profissional da saúde que atua no processo formativo também foi pontuada por Olga Alencar, diretora de Pós-Graduação da ESP/CE. Para ela, a política precisa ser pensada considerando toda a diversidade macro regional do Brasil. “Precisamos nos debruçar nesses princípios e estar implicados neles. E estar implicado significa reconhecer nossas fragilidades para que possamos, assim, as transpor”, destaca.

 

Dentre esses desafios, a educação para o trabalho foi igualmente ressaltada pelas pesquisadoras como outra chave rumo à implementação de uma integração entre o ensino, o serviço e a comunidade. “E o que fazemos aqui agora é o trabalho. É a formação para o trabalho. E nosso desafio é o de como podemos operacionalizar a Pneps a partir das necessidades das gestões, das Instituições de Ensino, dos trabalhadores e da comunidade”, finalizou.

 

Além dos profissionais da Dipsa e do Centro de Educação Permanente em Vigilância da Saúde (Cevig), participaram do encontro Marilac Coelho, da Assessoria de Desenvolvimento Institucional (Adins), e Wilma Lins, do Centro de Educação Permanente em Gestão em Saúde (Ceges).

 

A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) foi proposta pelo Ministério da Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) para a formação e o desenvolvimento dos seus trabalhadores, buscando articular a integração entre ensino, serviço e comunidade, além de assumir a regionalização da gestão do SUS como base para o desenvolvimento de iniciativas qualificadas ao enfrentamento das necessidades e dificuldades do sistema.

 

Entre suas intenções, figura a estratégia de se promover transformações nas práticas do trabalho com base em reflexões críticas, propondo o encontro entre o mundo da formação e o mundo do trabalho através da interseção entre o aprender e o ensinar na realidade dos serviços. 

 

 

 

 

 

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