SINAN de Hanseníase e Tuberculose são focados em curso da ESP/CE

23 de junho de 2017 - 05:53

23 de junho de 2017 09:53

 

 

 

A Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), em parceria com a Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria de Saúde do Ceará (COPROM/SESA), promoverá a segunda turma do Curso Básico em Sistema de Informação com ênfase em Hanseníase e Tuberculose.
 

A iniciativa visa capacitar os profissionais da área de vigilância epidemiológica da tuberculose e hanseníase e operadores das bases de dados e/ou interlocutores do Sistema de Informações de Agravos de Notificações (SINAN) dos municípios para operacionalizar o sistema e analisar a qualidade e a quantificação das informações pertinentes às duas patologias.
 

Destinado aos profissionais da vigilância epidemiológica e técnicos digitadores da tuberculose e hanseníase, o curso acontecerá no período de 26 a 30 de junho, de 8 às 17 horas, no Laboratório de Informática, no prédio anexo da ESP/CE.
 

Hanseníase
 

No Ceará, foram notificados 1.758 casos novos de hanseníase em menores de 15 anos no período de 2001 a 2013, com média anual de 135 casos. A ocorrência da doença nessa faixa etária demonstra a existência de foco de transmissão ativo que requer ações de controle para quebrar a cadeia de transmissão.

A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae). Não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada. Apresenta múltiplas manifestações clínicas e se exterioriza, principalmente por lesões dos nervos periféricos e lesões cutâneas. Em um país endêmico como o Brasil, em qualquer pessoa com alteração de sensibilidade na pele deve-se pensar em hanseníase. Situações de pobreza como precárias condições de vida, desnutrição, alto índice de ocupação das moradias e outras infecções simultâneas podem favorecer o desenvolvimento e a propagação da hanseníase.
 

A transmissão se dá entre pessoas. Uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB), estando sem tratamento, elimina o bacilo pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim transmiti-lo para outras pessoas suscetíveis. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem porque a maioria tem capacidade de se defender contra o bacilo. O contato direto e prolongado com a pessoa doente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar, aumenta a chance da pessoa se infectar. Assim que a pessoa doente começa o tratamento deixa de transmitir a doença.
 

Tuberculose
 

No mundo, mais pessoas morrem de tuberculose do que de outras infecções curáveis. A cada dia 20 mil pessoas adoecem e 5 mil morrem. No Brasil, os índices da doença, que diminuíam na década de 80 do século passado, voltaram a crescer nos anos 90. No Ceará ocorreu redução da taxa de incidência entre 2001 e 2013, de 46,5 para 40,4 por 100 mil habitantes. O Programa Estadual de Controle da Tuberculose tem desenvolvido ações que objetivam a ampliação do acesso ao diagnóstico precoce e tratamento.
 

Em 2014, a taxa de incidência foi de 33,8 por 100 mil habitantes, contra 43,4/100 mil em 2004. No ano passado, foram registrados 68,4 mil casos novos de tuberculose e 4.336 óbitos, com uma taxa de mortalidade de 2,3 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2012, o Brasil atingiu, antecipadamente, as metas para 2015 dos Objetivos do Milênio (ODM) de redução pela metade das taxas de incidência, prevalência e mortalidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, atualmente, existam no mundo nove milhões de casos da doença.
 

Em 2015, começou uma nova etapa do combate à tuberculose, superando a meta de controle da doença e partindo para a perspectiva de sua eliminação como problema relevante de saúde pública. O Ministério da Saúde assumiu compromisso de reduzir em 95% os óbitos e em 90% o coeficiente de incidência da doença até 2035.

 

 

 
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