Cabo Verde e ESP/CE trocam experiências na área de saúde

19 de outubro de 2016 - 07:21

Qua, 19 de outubro de 2016 11:23

 

 

 

 

Como parte da programação do Outubro Rosa, a Escola de Saúde Pública do Ceará realizou, nesta manhã, uma reunião, na sala de video-conferência, com representantes do Ministério da Saúde de Cabo Verde (África), com médicos residentes cabo verdianos e gestores da ESP/CE. O encontro foi uma troca de experiências sobre a realidade do sistema de saúde de Cabo Verde e a formação de médicos daquele país africano no Brasil e, em especial, no Ceará.

A comitiva do Ministério da Saúde de Cabo Verde é formada por Serafina Alves, diretora de Planejamento, Orçamento e Gestão; Miguel Lopes, diretor de Serviço de Recursos Humanos e Administração; e José Benvindo Lopes, médico urologista. Na pauta da reunião, foram discutidos os seguintes temas: Formação dos médicos cabo verdianos no Ceará e seus impactos no desenvolvimento do pais e na melhoria das prestações dos cuidados médicos; Perspectiva de uma parceria entre a Escola de Saúde Pública do Ceará para formação médica especializada; Câncer de Mama e de Próstata.

O superintendente da ESP/CE, Salustiano Pessoa, abriu o encontro destacando os objetivos e a missão institucional da Escola de Saúde Pública do Ceará. Segundo ele, desde sua fundação em 1993, a ESP/CE desenvolve atividades no processo de capacitação e educação continuada de gestores para o sistema de saúde do Estado. Salustiano Pessoa disse que, como instituição de ensino superior, reconhecida pelo Conselho de Educação do Ceará, a ESP/CE tem contribuído na formação de profissionais ligados à área de saúde e, mais que isso, tem constituído uma base de conhecimentos sobre o setor, e os tem disponibilizado sob a forma de cooperações com municípios, com a própria Sesa, com instituições de outros Estados e com órgãos internacionais.

Indicadores de Saúde

Durante a reunião, Miguel Lopes, diretor de Serviço de Recursos Humanos e Administração do Ministério da Saúde, apresentou aspectos geográficos, demográficos e indicadores de saúde de Cabo Verde. Um dos problemas, segundo ele, é a formação médica. Pelo fato do Curso de Medicina só ter sido criado há um ano, cerca de 50% dos especialistas são obrigados a se formarem no Brasil. A maioria, inclusive, foi formada ou está fazendo residência na Universidade Federal do Ceará ou em outras instituições cearenses de ensino superior.

 
Para melhorar os indicadores de saúde, Miguel Lopes informou que governo de Cabo Verde está investindo em projetos de Atenção Primária, como, por exemplo, na formação de médicos para o programa de Saúde da Família. O Ceará, segundo ele, tem sido uma referência nesse sentido em função das experiências bem-sucedidas realizadas no campo da Atenção Primária.
 

Entre os indicadores de saúde de Cabo Verde, Miguel Lopes destacou a mortalidade infantil, de 22,3% por 10 mil/habitantes, mortalidade materna de 9,8% por 100 mil/hab e mortalidade geral de 4,9% por 10 mil/hab. Em 2015, Cabo Verde registrou uma redução na mortalidade infantil de 14,5% para 10 mil nascidos graças ao investimento na Atenção Primária. As principais causas de doenças daquele país são as parasitórias e neoplasias.

No final da apresentação, Miguel Lopes ressaltou que o Ministério de Saúde de Cabo Verde tem interesse em ampliar a cooperação técnico e científica com a ESP/CE, através de parcerias na formação de médicos especialistas em Saúde da Família.

Sobre Cabo Verde

 
 
Situadas a 455 Km da Costa Africana, as ilhas de Cabo Verde estendem-se por cerca de 4033 Km2 e foram formadas pela acumulação de rochas, resultantes de erupções sobre as plataformas submarinas. O arquipélago tem, de uma forma geral, um aspecto imponente e majestoso. Algumas ilhas são áridas, mas noutras a vegetação é exuberante, tropical. O relevo da maior parte das ilhas é acidentado, com altitudes que ultrapassam os mil metros em algumas ilhas atingindo mesmo 2.882 metros na ilha do Fogo.
 
A capital da República de Cabo Verde é a cidade da Praia, na ilha de Santiago, e goza de estatuto administrativo especial, nos termos da lei. A língua oficial de Cabo Verde é o Português. Os recursos econômicos de Cabo Verde dependem, sobretudo, da agricultura e da riqueza marinha. A agricultura sofre frequentemente os efeitos das secas. As culturas mais importantes são o café, a banana, a cana-de-açúcar, os frutos tropicais, o milho, o feijão, a batata doce e a mandioca.

O setor industrial encontra-se em pleno desenvolvimento, onde se destacam a fabricação de aguardente, vestuário, calçado, tintas, vernizes,  turismo,  pesca,s conservas de pescado, extração de sal e o artesanato. A banana, as conservas de peixe, o peixe congelado, a lagosta, o sal e as confecções são os principais produtos exportados. A moeda corrente é o Escudo de Cabo Verde.

O clima das ilhas mais acidentadas é variado e com alguma pluviosidade. É temperado graças à ação moderadora que o oceano e os ventos alísios exercem sobre a temperatura, sendo que as médias anuais raramente se elevam acima dos 25ºC. Em Cabo Verde, as taxas anuais de crescimento demográfico e a de mortalidade são baixas, comparadas às taxas médias de outros países com rendimento médio. A esperança média de vida é de 62 e 65 anos, respectivamente para homens e mulheres. A população é formada por 525 habitantes. Desse total, 64% se encontram na faixa etária de 15 a 65 anos.

 
 

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