Curso aborda o controle da leptospirose

4 de julho de 2016 - 06:00

 Seg, 04 de Julho de 2016 10:30

 

 

 

 

A Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), através do Centro de Educação Permanente em Vigilância da Saúde, promove a primeira  turma do Curso Controle de Roedores e Vigilância da Leptospirose. O curso conta com a parceria da Coordenadoria de Promoção e Proteção da Saúde, por meio do Núcleo de Vetores de Doenças, da Secretaria da Saúde do Ceará

O curso tem como objetivo capacitar os profissionais de saúde na implementação das ações de vigilância e controle de leptospirose. As atividades acontecem no período de 04 a 08 de julho, de 8 às 17 horas, na sala Zélia Rouqueirol da ESP/CE, com carga horária de 40 horas.

 

Sobre a doença

 

A leptospirose é uma doença infecciosa febril, aguda, potencialmente grave, causada por uma bactéria do gênero Leptospira. A leptospirose é, primariamente, uma zoonose (doença de animais) que ocorre no mundo inteiro, exceto nas regiões polares. O rato de esgoto (Rattus novergicus) é o principal responsável pela infecção humana, em razão de existir em grande número e da proximidade com seres humanos. A Leptospira multiplica-se nos rins desses animais sem causar danos, e é eliminada pela urina, às vezes por toda a vida do animal. A bactéria eliminada junto com a urina de animais sobrevive no solo úmido ou na água, que tenham pH neutro ou alcalino. Não sobrevive em águas com alto teor salino.

Os sintomas são parecidos com os de outras doenças como gripe, febre amarela, dengue, malária, hantavirose e hepatites. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna). Em 10% dos casos, pode ocorrer a forma grave da doença, com o aparecimento de icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas) por insuficiência hepática, manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos em nariz, gengivas e pulmões) e comprometimento dos rins. A evolução para o coma e a morte pode ocorrer em cerca de 10% das formas graves. Os primeiros sintomas aparecem de dois a 30 dias depois do contato com a contaminação. Na maior parte dos casos, aparece sete a 14 dias após o contato.

A transmissão ocorre, principalmente, através do contato com a água ou lama de enchentes contaminadas com urina de animais portadores, sobretudo os ratos. A penetração da Leptospira no corpo, através da pele, é facilitada pela presença de algum ferimento ou arranhão. Também pode ser transmitida por ingestão de água ou alimentos contaminados.

Evitar o contato com água ou lama que possam estar contaminados pela urina de rato é a melhor forma de prevenção. Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha. Medidas ligadas ao meio ambiente, tais como o controle de roedores, obras de saneamento básico (abastecimento de água, lixo e esgoto) e melhorias nas habitações humanas também ajudam na prevenção.

 

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