Avaliação e Gerenciamento de Risco são destaque no Curso Técnico em Vigilância em Saúde

2 de junho de 2016 - 10:36

Qui, 02 de Junho de 2016 13:36

 

 

Os alunos do Curso Técnico em Vigilância em Saúde (CTVS), ofertado pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) por meio da sua Diretoria de Educação Profissional em Saúde (Dieps), iniciaram atividades relacionadas à unidade didática de Avaliação e Gerenciamento de Risco.  A unidade possui como competência a utilização dos métodos e das técnicas de avaliação e gerenciamento de riscos em saúde.

Para o alcance dos objetivos, foram realizadas algumas visitas técnicas em locais que reproduzem a realidade da região onde os alunos estão inseridos. Durante o mês de abril, foram feitas visitas técnicas pelos alunos nos mercados públicos: Mercado Velho, Mercado da Carne e Peixe. Nas visitas, o objetivo dos alunos era o de avaliar e observar sobre os riscos sanitários e ambientais. Na ocasião, os alunos foram recebidos por José Gilson da Silva, coordenador dos mercados.

As atividades tiveram inicio no Mercado Velho, onde sua história, avanços, mudanças e dificuldades foram relatadas pelo coordenador José Gilson. Em seguida, os alunos foram ao Mercado da Carne e Peixe, sendo observada a situação atual relacionada à saúde dos trabalhadores que ali realizam suas atividades, além das questões higiênicas relacionadas aos riscos sanitários e ambientais, principalmente quando se referem ao descarte dos resíduos animais. Os alunos foram bastante participativos com frequentes questionamentos.  

Para a facilitadora e médica veterinária, Samile Andrade, foi uma experiência muito enriquecedora que “ajudou bastante no desenvolvimento de uma visão mais técnica sobre o gerenciamento dos riscos, pois pudemos trazer para a prática tudo o que os alunos viram na teoria”.

 

 

Dando segmento às atividades da unidade didática, os alunos realizaram, no mês passado, visitas ao Lixão de Aracati, onde tiveram a oportunidade de experenciar um pouco do ambiente laboral dos catadores. As entrevistas realizadas viabilizaram o desenvolvimento de um despertar para uma situação social tão grave e, ao mesmo tempo, que incluía riscos ambientais, sanitários e de saúde do trabalhador, mostrando que esta será mais uma realidade da prática profissional dos futuros Técnicos em Vigilância em Saúde.

Os alunos perceberam que uma campanha de sensibilização da população sobre o correto acondicionamento e a separação do lixo nas residências, traria muitos benefícios tanto para os próprios catadores quanto para o meio ambiente, com o encaminhamento dos produtos que podem ser reciclados.

Para Flávia Delma, aluna do CTVS do município de Itaiçaba, o gerenciamento de riscos sempre traz algo a se aprender e a ensinar. “Ficou mais fácil observar os perigos que nos rodeiam ate mesmo dentro da nossa própria casa e para isso basta administrar com sabedoria e conseguiremos diminuir a frequência com que eles ocorrem”, se posiciona, alertando que o módulo tem acrescentado bastante conhecimento para pequenas coisas que farão diferença num futuro próximo. “É só olhar a natureza pedindo socorro”, conclui.

 

 

No dia 13 de maio, os alunos visitaram a fazenda de criação de camarão Vip Camarão. Na ocasião, eles conheceram todo o processo de produção, desde a criação dos espaços onde os camarões serão criados, época da engorda, manuseio e medição da ração, e o período da retirada para venda em vários estados do Brasil.

Essas atividades práticas têm como principal objetivo a execução do processo de trabalho em Vigilância em Saúde, utilizando-se de métodos e as técnicas de avaliação e gerenciamento de riscos em saúde, identificando os riscos sanitários e ambientais a partir do estudo das condições de vida e de saúde no território.

Visam também identificar os riscos a que estão expostos os trabalhadores a partir do estudo do processo de trabalho nas atividades produtivas existentes no território; aplicar a legislação e normas vigentes sobre situações de risco sanitário, ocupacional e ambiental, utilizando as ferramentas de geoprocessamento para analisar a distribuição espacial dos riscos no território; e aplicar os métodos e técnicas de avaliação e monitoramento dos riscos em Vigilância em Saúde.

 

 

DEPOIMENTOS

Maria de Lourdes (aluna do CTVS do município de Aracati)
“Cada vez mais estou me apaixonando por esse curso. É cada coisa importante que tenho aprendido e levado para o meu dia a dia, pois as visitas que fazemos são riquíssimas e cada passo é uma história com grande conhecimento. Obrigada por esta oportunidade que é poder me formar como técnica em saúde. Com certeza irei pôr em prática os meus conhecimentos, começando por mim mesma, minha visão de ver as coisas. Comecei por dentro da minha casa, evitar os riscos a saúde e outros meios de se comportar diante de uma situação de risco”.

Luiz Serafim (aluno do CTVS do município de Fortim)
“As visitas são bem legais, importantes e acrescentam muito aos conhecimentos já adquiridos, pois é preciso conhecer, identificar os riscos e agravos à saúde para poder prevenir. Afinal de contas, não se procura evitar aquilo que não se tem conhecimento”.

José Amaral:
“É muito gratificante termos estes momentos de prática. É totalmente diferente de você aprender só em sala de aula, pois adquirimos muito mais experiência profissional e assim teremos uma habilidade dupla no aprendizado e na preparação profissional”.

Maria do Socorro Carvalho Rodrigues Braúna (alunos do CTVS Aracati)
“Tenho 22 anos de saúde, mas estava alheia a muita coisa e foi no Curso de Vigilância que pude conhecer a realidade de fato. Estou encantada com esse aprendizado. Essas visitas técnicas são uma riqueza para todos nós. Os campos por onde passamos, os riscos que podemos constatar de perto, as lições de vida do nosso povo, os sonhos que podemos ter enquanto técnicos é contagiante e como vamos ser úteis como profissionais de saúde qualificados. Tudo isso me faz pensar em como vale a pena o esforço de todos nós. Estamos já na reta final e eu me sinto, enquanto Técnico em Vigilância em Saúde, só tenho a agradecer e dizer que aprendi muito. Acho muito importante ver as coisas de perto, colocar a mão na massa, melhor dizendo, desbravar o até então desconhecido. Obrigada por tudo”.

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