Dia Mundial da Saúde convoca para combate ao mosquito

6 de abril de 2016 - 10:11

Qua, 06 de Abril de 2016 14:07
 
Nesta quinta-feira, 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, a população terá oportunidade de conhecer melhor o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e febre chikungunya. A Secretaria da Saúde do Estado levará para a Praça da Matriz de Messejana, na Rua Padre Pedro de Alencar, das 8 às 12 horas, amostras do mosquito nas quatro fases do seu ciclo de vida, desde os pequenos ovos, que poderão ser vistos através de microscópios, até o mosquito adulto. A população vai aprender a reconhecer o mosquito. Mais importante: aprender que o melhor é não deixar o Aedes agypti nascer, com diferentes e simples formas eficazes de combate a esse transmissor de doenças.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) celebra todos os anos, em 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde. A data foi estabelecida pela Assembleia Mundial da Saúde que tem como objetivo conscientizar a população a respeito da qualidade de vida e dos diferentes fatores que afetam a saúde populacional. Essa data foi estabelecida para coincidir com a data de fundação da Organização Mundial da Saúde. Todos os anos campanhas são realizadas a respeito de um tema diretamente relacionado com a saúde. Essas ações são importantes para que a população aprenda a se cuidar e informe-se sobre seus direitos quando o assunto é promoção da saúde. Em 2016, o Ministério da Saúde estabeleceu a mobilização para o combate ao Aedes aegypti como tema único do Dia Mundial da Saúde para as secretarias estaduais e municipais de saúde de todo o país.

O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou ao redor de domicílios ou de outros locais frequentados por pessoas, como estabelecimentos comerciais, escolas e igrejas, por exemplo. Tem hábitos preferencialmente diurnos e alimenta-se de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. A infestação do mosquito é sempre mais intensa no verão, em função da elevação da temperatura e da intensificação de chuvas – fatores que propiciam a eclosão de ovos do mosquito. Para evitar esta situação, é preciso adotar medidas permanentes para o controle do vetor, durante todo o ano, a partir de ações preventivas de eliminação de focos do vetor. Como o mosquito tem hábitos domésticos, essa ação depende sobretudo do empenho da população.

Do ovo à forma adulta, o ciclo de vida do Aedes aegypti varia de acordo com a temperatura, disponibilidade de alimentos e quantidade de larvas existentes no mesmo criadouro. Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode ocorrer em uma semana. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana. Assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido. A eclosão do ovo ocorre quando a água entra em contato com essa estrutura. Após a eclosão do ovo, o Aedes aegypti torna-se uma larva, que passa por quatro estágios até se tornar uma pupa. A fase de pupa destaca-se pela inexistência de alimentação e pela metamorfose que marcará o início da fase adulta. O mosquito adulto vive até 25 dias.
 
Somente a fêmea pica as pessoas para sugar sangue, alimento necessário à maturação dos ovos. É quando ocorre a transmissão das doenças. Normalmente, as fêmeas do Aedes aegypti encontram-se aptas para a postura de ovos três dias após a ingestão de sangue, passando então a procurar local para desovar. Ao contrário de muitas espécies de mosquitos, uma fêmea do Aedes aegypti espalha seus ovos em diversos criadouros, de uma mesma casa ou não, preferencialmente, em criadouros com água limpa e parada. Os ovos são depositados nas paredes do criadouro, bem próximo à superfície da água, porém não diretamente sobre o líquido. Daí a importância de lavar, com escova ou palha de aço, as paredes dos recipientes que não podem ser eliminados, onde o ovo pode permanecer grudado.
 
Cada fêmea copula uma única vez e armazena o esperma do macho em estruturas chamadas espermatecas. A partir de então pode realizar diversas posturas.  Os ovos adquirem resistência ao ressecamento muito rapidamente, em apenas 15 horas após a postura. A partir de então, podem resistir a longos períodos de dessecação, de até 450 dias, segundo estudos. Essa resistência é uma grande vantagem para o mosquito, pois permite que os ovos sobrevivam por muitos meses em ambientes secos, até que o próximo período chuvoso e quente propicie a eclosão.

Para impedir a proliferação do mosquito, é fundamental eliminar todos os potenciais focos de água parada. Se isso não for possível, é necessário que todos os locais de armazenamento de água sejam mantidos bem fechados e protegidos com telas e tampas adequadas. É importante ressaltar que o tratamento da água não substitui a necessidade de remoção e proteção dos potenciais criadouros do Aedes aegypti. Baldes, potes, quartinhas, bacias, camburões e outros recipientes que guardam a água de beber e para outros usos domésticos devem ser mantidos limpos e fechados para evitar o risco de proliferação do Aedes aegypti.
 
A orientação da Secretaria da Saúde do Estado é que as famílias mantenham os quintais sempre limpos. É preciso também recolher, eliminar ou guardar longe da chuva todo objeto que possa acumular água, como pneus velhos, latas, recipientes plásticos, tampas de garrafas, copos descartáveis e até cascas de ovos. O lixo doméstico deve ser acondicionado em sacos plásticos e descartado adequadamente, em depósitos fechados. Depois da chuva, é recomendado fazer a vistoria no quintal e na casa para eliminar a água acumulada sobre lajes, calhas, tanques, pratinhos de vasos de planta.

Das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, o Ceará confirmou a ocorrência em 2016 de 2.834 casos de dengue, com um óbito confirmado em 10 em investigação. Este ano também foram confirmados quatro casos de febre chikungunya, todos importados de outros estados e até países. No ano passado foram confirmados sete casos da doença, cinco deles importados e dois autóctones, o que confirma a circulação do vírus no Ceará. Os casos de microcefalia entre outubro de 2015 e 28 de março deste ano somam 73 confirmados em 35 municípios, 64 deles relacionados ao vírus Zika. No período ocorreram 15 óbitos, oito relacionados ao vírus transmitido pelo Aedes aegypti.

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