ESP/CE mobiliza-se contra o mosquito Aedes aegypti

5 de fevereiro de 2016 - 12:33

Sex, 05 de Fevereiro de 2016 16:33

 

 

Integração dos funcionários, troca de informações técnicas e conscientização marcaram o Dia “D” de mobilização contra o mosquito Aedes aegypti promovido pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE). No auditório da ESP/CE, no período da manhã, duas palestrantes falaram sobre diferentes aspectos da prevenção, controle e sintomatologia da dengue, chikungunya e zika. As palestras foram intercaladas por intervenções do Teatro Popular Ciranda da Vida e de apresentações dos trabalhadores relacionadas diretamente ao mosquito Aedes aegypti.

 

Roberta de Paula, do Núcleo de Controle de Vetores da Secretaria da Saúde do Ceará, foi a primeira palestrante. Ela apresentou dados sobre a incidência da dengue, chikungunya e zika no Ceará e no Brasil, registrado nas últimas décadas. Segundo ela, a educação, informação e mobilização são requisitos básicos ao controle do vetor. Em sua palestra, Roberta de Paula ressaltou que “o saber sobre o mosquito já é do conhecimento de grande parte da população, mas que, agora mais do que nunca, devemos tentar uma mudança de comportamento da população para se ter êxito nas ações de prevenção e combate ao mosquito”.

 

Em outro momento de sua palestra, Roberta de Paula informou que, atualmente, a Secretaria da Saúde do Ceará está intensificando o controle vetorial para evitar que as doenças provocadas pelo mosquito possam se transformar em epidemias. Neste contexto, ela disse que “a vigilância tem que ser constante, com estratégias de controle sem interrupção”. Antes de concluir sua palestra, Roberta alertou que “é preciso que todos os atores estejam envolvidos e afinados com o mesmo discurso e ações com a finalidade de conter a disseminação do mosquito”. 

 

Combater o vetor é a única saída para se controlar a disseminação das doenças geradas pelo mosquito Aedes aegypti. Em síntese, essa foi a mensagem passada pela médica infectologista Luciana Auxi, do Hospital São José, em sua palestra sobre o tema “Aspectos clínicos da Dengue, Zica e Chicungunya”. Ela transmitiu informações técnicas relacionadas a sintomatologia das três doenças e a gravidade para a saúde da população.

 

No período da tarde, a partir das 15h30m, os servidores se concentraram no pátio da Escola e, em seguida, se dirigiram para o semáforo do cruzamento das Avenidas Desembargador Moreira com Abolição. Foi o ponto estratégico para a blitz educativa, que teve como objetivo de sensibilizar a população (pedestres e motoristas) sobre a necessidade de se proteger contra a ação do mosquito Aedes aegypti. Durante a ação, que contou com a animação da bateria Styllo Novo, foi distribuído material informativo.

 

 

  

 

 

Incidência

A dengue, somente em 2015, deixou 55.588 pessoas doentes em 172 municípios cearenses. Total de óbitos: 72. Da Zika não há registro do número de casos, com o primeiro ano de circulação da doença no Ceará, com comprovação no laboratório Evandro Chagas, em Belém, tendo ocorrido no ano passado. O Evandro Chagas é a referência de laboratório do Ministério da Saúde para o Ceará e todos os Estados do Nordeste e Norte. Já em relação a Chikungunya, os 11 casos notificados no Ceará de 2014 a 2015 são todos importados, de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como a República Dominicana, Suriname e Taiti.

Subiu para 216 o número de casos suspeitos de microcefalia relacionada ao zika vírus no Ceará. Os dados são do último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), que compilou as notificações até 18 de janeiro. Dos notificados, 96% (208) estão em investigação. Desses, apenas um caso foi confirmado (óbito) e sete foram descartados. Dentre os 216 casos, a anomalia foi encontrada em 92% (199) pós-parto e 8% (17) detectada na forma intrauterina.

Em 2016, Fortaleza lidera com 74 casos suspeitos, o que representa 35,58% das incidências. Em seguida, vem Maracanaú com 32 notificações (15,38%). De acordo com a Sesa, todas as notificações estão sendo investigadas detalhadamente.

De acordo com a Secretaria da Saúde do Ceará, cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso. Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida.

 

Veja as fotos do evento CLICANDO AQUI.

 

Confira o vídeo com a apresentação do Centro de Educação Permanente em Atenção à Saúde (Ceats) CLICANDO AQUI.

 

Veja apresentação final do Teatro Cirandas da Vida, com a síntese das palestras CLICANDO AQUI. 

 

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