ESP/CE realiza Dia D contra o Aedes aegypti
1 de fevereiro de 2016 - 10:00
Dentro do plano estratégico de ações traçado pelo Comitê, foi criada a Brigada na ESP/CE, atendendo a uma decisão do Governo do Ceará, que baixou decreto instituindo as brigadas em todos os órgãos públicos estaduais. Através de ações educativas, as brigadas estão reforçando os mecanismos de prevenção necessários para conter a proliferação do mosquito nos prédios públicos. As brigadas têm como tarefa, a cada sete dias, promover a inspeção e eliminação de possíveis focos e criadouros do Aedes aegypti. Os grupos estão atuando como multiplicadores de práticas de educação em saúde para os que utilizam o prédio.
A mobilização está inserida no plano estratégico traçado pelo Comitê e terá programação especial. Pela manhã, a partir das 9 horas, estão agendadas quatro palestras. A primeira sobre “Aspectos Epidemiológicos”, por Márcio Garcia, da Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). A segunda, com a médica Infectologista do Hospital São José, Lucianna Auxi trás o tema “Aspectos clínicos Dengue, Zica e Chicungunya”. A terceira a cargo de Moacir Tavares, coordenador do Comitê Estadual, abordará o Plano Estadual de Políticas de Enfrentamento ao Aedes aegypti. E na quarta, Olga Alencar, gestora do Centro de Educação em Vigilância da Saúde (Cevig) da ESP/CE, apresentará o Plano da ESP/CE. No final da tarde, a partir das 15h30, haverá uma “blitz” no sinal da Av. Abolição (em frente ao Náutico) com distribuição de material educativo sobre as formas de prevenção e controle do mosquito. O evento será aberto à comunidade.
Balanço
Além de brigadas internas para o controle dos focos do mosquito nos prédios públicos, os integrantes do comitê realizaram ações de conscientização nas secretarias para os servidores. “Precisamos manter a empolgação para que essa mobilização siga firme até conseguirmos nosso objetivo de diminuir sensivelmente os números de doenças relacionadas ao mosquito”, destaca o coordenador do Comitê, Moacir Tavares.
Todos os prédios da rede pública do Governo do Ceará estão sendo inspecionados, pelo menos uma vez por semana, para o combate ao Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, a Chikungunya e a Zika. Desde o último dia 4, a Secretaria da Saúde do Ceará tem feito oficinas para preparar as brigadas que estão atuando nas diferentes secretarias, órgãos e unidades do governo estadual, incluindo escolas, hospitais, delegacias, estações da Cagece, coordenadorias regionais de saúde e da educação (Cres e Credes).
O Comitê
O Comitê é intersetorial e tem a participação de, pelo menos, 16 órgãos da esfera estadual, federal e municipal: Gabinete do Governador, Casa Civil, Secretaria de Saúde, Secretaria da Educação, Secretaria da Infraestrutura, Secretaria do Turismo, Secretaria das Cidades, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria da Cultura, Secretaria do Planejamento e Gestão, Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, Defesa Civil, Ministério da Defesa – Exército Brasileiro, Secretaria de Recursos Hídricos, Secretaria do Desenvolvimento Agrário, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior e Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems/CE).
A participação e envolvimento da população são fundamentais na prevenção e controle do mosquito. Quanto mais informações e mobilizações melhor para intensificar a prevenção. Ciente disso, o Governo do Ceará realiza a campanha ¨Todos contra o mosquito¨, com veiculação em tvs, rádios, com folderes e cartazes já distribuídos em todo o Estado.
No último dia 15, a presidenta Dilma Rousseff sancionou recursos para o desenvolvimento das ações de vigilância em saúde, incluindo o combate ao mosquito Aedes aegypti, em 2016. Os recursos federais destinados ao combate ao mosquito Aedes aegypti cresceram 39% nos últimos anos (2010-2015), passando de R$ 924,1 milhões para R$ 1,29 bilhão. Para 2016, a previsão é de um incremento de R$ 580 milhões, uma vez que o valor chegará a R$ 1,87 bilhão. Além disso, foi aprovado no orçamento um adicional de R$ 500 milhões para o combate ao Aedes.
Incidência
Subiu para 216 o número de casos suspeitos de microcefalia relacionada ao zika vírus no Ceará. Os dados são do último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), que compilou as notificações até 18 de janeiro. Dos notificados, 96% (208) estão em investigação. Desses, apenas um caso foi confirmado (óbito) e sete foram descartados. Dentre os 216 casos, a anomalia foi encontrada em 92% (199) pós-parto e 8% (17) detectada na forma intrauterina.
Em 2016, Fortaleza lidera com 74 casos suspeitos, o que representa 35,58% das incidências. Em seguida, vem Maracanaú com 32 notificações (15,38%). De acordo com a Sesa, todas as notificações estão sendo investigadas detalhadamente.
De acordo com a Secretaria da Saúde do Ceará, cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso. Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida.
Assessoria de Comunicação e Marketing da ESP/CE
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