Novembro Azul mobiliza a ESP/CE

1 de dezembro de 2015 - 11:18

Seg, 01 de Dezembro de 2015 15:15
 
 
Doação de sangue, exame de PSA, sessão de massoterapia e palestra sobre a saúde do homem movimentaram a Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) no evento comemorativo ao Novembro Azul. Sob a coordenação do Hemoce, a coleta de sangue aconteceu nas salas 1,2, 3 e 4 da Diretoria de Educação Profissional em Saúde (Dieps), de 9 às  15 horas. 
Depois de um café da manhã, no auditório principal, o médico urologista Paulo Reis, do Hospital Walter Cantídio, fez palestra sobre a saúde do homem e, em especial, do câncer de próstata. No período da tarde, a partir das 13 horas, teve sessão de massoterapia na Sala Zélia Rouquayrol e exames de PSA no Centro de Saúde Meireles.  
 
 
 
Em sua palestra, Paulo Reis traçou um perfil da saúde do homem e lamentou a falta de programas específicos voltados para o público masculino. O médico ilustrou esse problema informando um dado importante. Segundo ele, no período de 2013 a 2015, das 72 campanhas promovidas pelo Ministério da Saúde, nenhuma foi voltada para a saúde do homem. Ele ressaltou a necessidade de se repensar em ações e políticas efetivas destinadas à saúde integral do homem e não apenas para o câncer de próstata.
 
 
 
No intuito de conscientizar a população masculina sobre a doença e visando a diminuir a taxa de mortalidade que ainda é alta, acontece mundialmente o movimento Novembro Azul, iniciativa que já faz parte do calendário nacional das campanhas de prevenção no Brasil. O objetivo é combater a doença e, principalmente, motivar a população masculina a fazer exames preventivos.
Estavam presentes o superintendente da ESP/CE, Salustiano Pessoa; o Diretor da Educação Profissional em Saúde (Dieps), Caio Cavalcanti; a diretora do Centro de Saúde Escola Meireles, Cláudia Sampaio, além dos trabalhadores da Escola. 
 
                
 
Câncer de próstata
Doença mais prevalente nos homens, o câncer de próstata tem estimativa de 69 mil novos casos ao ano. Ou seja, 7,8 novos casos a cada hora. A doença não tem prevenção. No entanto, seu diagnóstico precoce é essencial para o tratamento curativo. Até 2010, ao descobrir-se um câncer de próstata em estágio avançado, o tratamento era paliativo. A partir de então, começaram a surgir diversos medicamentos que proporcionam sobrevida e uma melhor qualidade de vida ao paciente. Recentemente, chegaram ao Brasil quatro medicamentos que podem prolongar a vida em média de 4 a 6 meses cada um deles. Eles atuam retardando a progressão do tumor.
Atualmente, cerca de 20% dos pacientes portadores de câncer de próstata ainda são diagnosticados em estágios avançados, embora um declínio importante tenha ocorrido nas últimas décadas em decorrência principalmente de políticas de rastreamento da doença e maior conscientização da população masculina.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SUB), o câncer de próstata é ainda mais incidente que o câncer de mama das mulheres, porque a maioria dos homens ainda se mostra bastante resistente quando o assunto é cuidar da saúde e, portanto, convencê-los de que a prevenção é o melhor caminho para viver mais e melhor é um desafio que atravessa gerações.
Pesquisa realizada em maio de 2013 pela SBU com 5 mil homens revelou que 47% deles nunca fizeram o exame de toque retal, fundamental para detectar o câncer de próstata. Ao tomarem essa atitude, eles engrossam o número de possíveis acometidos pela doença, que atinge todos os anos no Brasil cerca de 60 mil homens, levando a óbito mais de 10 mil.
Prevenção
O objetivo do Novembro Azul é, justamente, reforçar a prevenção para que se possa diagnosticar casos no início, quando as chances de curam beiram 90%. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que homens, a partir de 50 anos, procurem seu urologista para discutir a prática e a realização da avaliação. Aqueles com maior risco da doença (história familiar, raça negra) devem procurar o urologista a partir dos 45 anos. Os exames consistem na dosagem sérica do PSA e no exame digital retal, com periodicidade anual. Esta prática está relacionada à diminuição de cerca de 21% na mortalidade pela doença.
As reais causas do câncer de próstata ainda são desconhecidas. Entretanto, já se sabe que ele é originado de desequilíbrios genéticos que causam alterações moleculares responsáveis pelo seu desenvolvimento. Fatores ambientais podem estar também envolvidos, desencadeando ou acelerando esse processo.
Todos os homens apresentam risco potencial de desenvolver câncer de próstata quanto mais se vive, ou seja, quanto mais idoso, maior o risco. Muitas vezes, entretanto, a doença segue um curso indolente, não sendo diagnosticada. Alguns grupos apresentam maior risco para desenvolvimento da doença: aqueles com parentes de primeiro grau que tiveram a doença e os indivíduos da raça negra.
Apesar de muitos fatores, como comportamento sexual, infecções por vírus ou bactérias e situação socioeconômica desfavorável, terem sido associados com o desenvolvimento da doença, não existem evidências sólidas que confirmem esta relação. Existe uma suspeita, ainda não confirmada, da associação de dietas ricas em gordura animal e obesidade com câncer de próstata mais agressivos.
 
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