ESP/CE abraça a causa rosa e celebra o Dia do Servidor

29 de outubro de 2015 - 05:11

Qui, 29 de Outubro de 2015 09:37

 

 

A importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama pautaram os posicionamentos dos integrantes da mesa, durante a solenidade de abertura do evento que celebrou o Dia “D” do Outubro Rosa e o Dia do Servidor Público, promovido pela Escola de Saúde Pública do Ceará. O evento teve como objetivo abraçar, em um só dia, as causas nobres do Outubro Rosa (movimento social), da Casa Vida (abrigo que cuida de pacientes com câncer), além de prestar uma homenagem ao servidor público.

 

 

Na ocasião, a ESP/CE foi contemplada com o Selo Rosa concedido pela Coordenação do Movimento Outubro Rosa no Ceará, em função do apoio dado à prevenção e ao combate ao Câncer de Mama no Estado. O Selo tem sido colocado somente em lugares onde há o empenho dos profissionais nas ações em prol do Movimento Outubro Rosa. Palestra, prestação de serviços, música (Coral do Centro de Saúde Meireles), solidariedade (doação de alimentos) e uma caminhada na Avenida Beira Mar fizeram parte da programação. 

 

 

Na mesa de abertura do evento, estiveram presentes o médico mastologista Luiz Porto, do Instituto de Educação e Estudo do Câncer de Mama, que fez um relato sobre o controle do câncer de mama no Ceará; Valéria Mendonça, coordenadora geral do Outubro Rosa no Ceará, que falou da atuação do movimento desde a sua criação, em 2009; o superintendente da ESP/CE, Salustiano Pessoa, que agradeceu o empenho dos servidores da ESP/CE na busca do cumprimento de sua missão institucional; e Moacir Tavares e Clara Alves, gestores da ESP/CE.

 

 

 

Em seu depoimento, a coordenadora do Outubro Rosa, Valéria Mendonça, disse que o movimento vem atuando em três eixos: educação popular; estímulo à participação popular e controle social; e na garantia do cumprimento da legislação e políticas públicas. Como avanços, ela destacou a conquista do aumento da cobertura mamográfica no Brasil e no Ceará, a inclusão da medicação Trastuzumab pela rede SUS para pacientes com câncer e a presença do mastologista no programa Estratégia Saúde da Família e nas Policlínicas construídas pelo governo estadual.

 

 

Hoje, o movimento Outubro Rosa atua em 140 municípios cearenses e a meta, para 2015, segundo Valéria Mendonça, “é expandir a interiorização para atingirmos a totalidade dos municípios no Ceará”. Também são metas exigir o cumprimento das “Leis Rosa” e a realização do primeiro Consenso de Gestão em Oncologia no Brasil.

 

Evolução e controle

 

 

Em sua palestra, o médico Luiz Porto abordou, de forma didática e objetiva, aspectos da história, evolução e o controle do câncer de mama, nos âmbitos estadual e nacional. Para melhor entendimento da plateia, o mastologista apresentou informações sobre o que é a doença, como ela surge, os fatores de risco, a prevenção, a sintomatologia, os exames de diagnóstico e o tratamento.

 

Apesar de muitos avanços, Luiz Porto lamentou que a mortalidade do câncer de mama ainda registra uma curva ascendente nas últimas décadas. No Ceará, por exemplo, informou que a doença multiplicou-se por três nas últimas décadas. De acordo com ele, a previsão é que sejam registrados 2.060 casos de câncer de mama, no Ceará, neste ano. Ou seja, seis casos para cada 100 mil mulheres.

 

Luiz Porto reconheceu o importante papel do SUS no controle da doença, bem como os avanços na questão da prevenção no Ceará.  Na rede pública de saúde do Ceará, o acesso a mamografias, um dos principais exames que ajudam no diagnóstico precoce do câncer de mama, foi ampliado nos últimos cinco anos, com a abertura das policlínicas regionais, construídas pelo governo estadual, e em funcionamento em 19 regiões de saúde, mantidas pelo Estado e os municípios através dos consórcios públicos. Em Fortaleza, três hospitais e uma unidade ambulatorial da rede pública do governo estadual Estado realizam mamografias: Hospital Geral de Fortaleza, Hospital Geral Dr. César Cals e o Hospital Geral Waldemar Alcântara e Instituto de Prevenção do Câncer (IPC).

 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, e corresponde a 22% dos novos casos de câncer a cada ano. Ele é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e, apesar de também atingir os homens, as mulheres, acima de 35 anos, são o principal alvo.

 

Campanha

 

O Movimento Outubro tem dado mais visibilidade a essa patologia e cobrado ações mais efetivas do Poder Público. Surgido em 1990, nos Estados Unidos, ele tem como principal objetivo estimular a participação da população no controle da doença. A campanha é realizada por diversos entidades, no mês de outubro, e dirigida à sociedade, em especial às mulheres. Entre os temas do movimento, está a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. O nome da campanha remete à cor do laço que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades: o rosa. Durante o período, monumentos e prédios por todo o país se iluminam com essa cor.

 

Os eixos da campanha são: Divulgar informações gerais sobre câncer de mama; Promover o conhecimento e estimular a postura de atenção das mulheres em relação às suas mamas e à necessidade de investigação oportuna das alterações suspeitas (Estratégia de Conscientização); Informar sobre as recomendações nacionais para o rastreamento e os benefícios e os riscos da mamografia de rotina, possibilitando que a mulher tenha mais segurança para decidir sobre a realização do exame.

 

Incidência

 

O câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente, outros não. Tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, o de mama responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano.

 

Em 2015, para o Brasil, são esperados 57.120 casos novos. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, esse tipo de câncer é o mais frequente nas mulheres das regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste. Na região Norte, é o segundo mais incidente. Existe tratamento para câncer de mama, e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Na verdade, o câncer de mama ainda não pode ser prevenido, mas sim diagnosticado o mais cedo possível. Para isto, recomenda-se que as mulheres conheçam seu corpo desde que apresentem o crescimento das mamas na adolescência. O auto-exame das mamas, hoje em dia, deve ser chamado de auto-cuidado, e pode ser feito pelo menos uma vez ao mês, preferencialmente no mesmo dia do mês para que as mulheres se familiarizem com suas mamas.

 

Os tratamentos para o câncer de mama resumem-se em clínicos e cirúrgicos. Os cirúrgicos envolvem os tratamentos conservadores, aqueles que preservam a mama como as tumorectomias, quadrantectomias e os radicais – conhecidos como mastectomias. A maioria dos cânceres de mama podem “metastatizar” para a axila. Portanto, a avaliação axilar pode ser feita através do linfonodo axilar ou dissecção axilar quando a sentinela possui células neoplásicas. Hoje em dia, há uma modalidade conhecida como oncoplásticas, ou seja, tratamentos conservadores que usam técnicas de cirurgia plástica para o tratamento do câncer de mama. Com isso obtém-se um tratamento oncologicamente eficaz e permite-se um efeito estético.

 

 

Doações para Casa Vida

 

Os trabalhadores da ESP/CE, alunos e funcionários do Posto de Saúde Meireles se organizaram e conseguiram arrecadar 600kg de alimentos, além de material de higiene pessoal e limpeza para Casa Vida. As doações foram entregues ao Superintendente da Escola Cearense de Oncologia, Manfredo Luiz Lins. 

 

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