Oficina debate expansão da Residência Médica no âmbito do Mais Médicos

17 de setembro de 2015 - 06:52

Qui, 17 de Setembro de 2015 11:00 

 

 

A expansão do programa de Residência Médica no Ceará no âmbito do programa Mais Médicos e tendo como perspectiva a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) foi o foco dos debates de uma oficina realizada, hoje, pela manhã, no auditório principal da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE).

A reunião contou com as presenças de gestores de saúde das esferas municipal, estadual e federal e de trabalhadores da ESP/CE. A abertura da oficina teve a participação de Florentino Leônidas, da coordenação nacional do programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde; Salustiano Pessoa, Superintendente da ESP/CE; Sílvia Bonfim, representante da Secretaria da Saúde do Estado; Socorro Martins, Secretária de Saúde de Fortaleza; Luís Carlos Nascimento, Diretor do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems).

 

Na abertura dos trabalhos, o Superintendente da ESP/CE, Salustiano Pessoa, evidenciou a posição de destaque do Ceará no cenário nacional em relação ao programa de Residência Médica. Ele ressaltou, ainda, que a ESP/CE tem dado uma importante contribuição no processo de formação dos residentes médicos no Ceará. Segundo ele, a descentralização dos programas de Residência Médica, nos níveis federal, estadual e municipal, foi positivo no crescimento do programa, bem como a ampliação das especialidades médicas ofertadas.

 

No Ceará, de 2011 a 2014, foi ampliado em 47% as vagas da RM e foram criados novos programas na Rede Municipal de Saúde, Hospital Regional do Cariri e Iguatu. São eles: Ginecologia e Obstetrícia, Medicina de Família e Comunidade e Psiquiatria. Atualmente, são ofertadas 29 especialidades de RM que, somadas às novas, totalizam 33.

 

O Diretor da Pós-Graduação em Saúde (Dipsa) da ESP/CE, Moacir Tavares, informou que a oficina teve como objetivo debater a expansão da RM no âmbito do programa Mais Médicos para o Brasil. Nesse contexto, foram discutidos os cenários de práticas potenciais no interior do Ceará, bem como a abertura dos novos programa de RM. Nesse processo, a Escola de Saúde Pública do Ceará é uma instituição matriciadora dos novos programas, assim como atua na tutotoria dos médicos do projeto Mais Médicos. A proposta da oficina é elaborar uma agenda de visitas técnicas para analisar os atuais cenários de práticas dos novos programas criados.

 

Mais Médicos

 

Em sua explanação, Floretino Leônidas, da coordenação nacional do programa Mais Médicos do Ministério da Saúde, fez um balanço dos resultados alcançados pelo Mais Médicos nos dois anos de existência. Nesse período, garantiu 18.240 médicos em 4.058 municípios (73% dos municípios brasileiros) e nos 34 distritos de saúde indígenas. Segundo ele, o Mais Médicos está garantindo atendimento a 63 milhões de brasileiros que não contavam com atendimento médico e que agora encontram atendimento nas unidades de saúde próximas de suas casas.

 

Nesses dois anos, o Mais Médicos conseguiu implantar e colocar em desenvolvimento os seus três eixos pilares: a estratégia de contratação emergencial de médicos, a expansão do número de vagas para os cursos de Medicina e residência médica em várias regiões do país, e a implantação de um novo currículo com uma formação voltada para o atendimento mais humanizado, com foco na valorização da Atenção Básica, além de ações voltadas à infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde.

  

O Mais Médicos é parte de um amplo esforço do governo federal, com apoio de estados e municípios, para a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Além de levar mais médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais, o programa prevê, ainda, mais investimentos para construção, reforma e ampliação de Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de novas vagas de graduação, e residência médica para qualificar a formação desses profissionais.

  

Assim, o programa busca resolver a questão emergencial do atendimento básico ao cidadão, mas também cria condições para continuar a garantir um atendimento qualificado no futuro para aqueles que acessam cotidianamente o SUS. Além de estender o acesso, o programa provoca melhorias na qualidade e humaniza o atendimento, com médicos que criam vínculos com seus pacientes e com a comunidade.

  

Florentino Leônidas destacou que o Mais Médicos se somou a um conjunto de ações e iniciativas do governo federal para o fortalecimento da Atenção Básica do país. “A Atenção Básica é a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS), que está presente em todos os municípios e próxima de todas as comunidades. É neste atendimento que 80% dos problemas de saúde são resolvidos”, lembrou ele.

 

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