Curso amplia vigilância da HIV/AIDS
11 de setembro de 2015 - 05:03
Sex, 11 de Setembro de 2015 08:30
Ampliar o cuidado às pessoas que vivem com HIV/AIDS e desenvolver práticas de saúde transformadora, reflexiva, propositiva e articulada com a sociedade, para enfrentamento do cenário da Aids no Ceará. Essa é a proposta do Curso de Aperfeiçoamento em Vigilância e Manejo Clínico das Pessoas Vivendo com HIV/AIDS, cuja terceira turma será ofertada pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), em parceria com a Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde (Coprom), da Secretaria da Saúde do Estado.
A nova turma acontecerá em quatro módulos, nas seguintes datas: Módulo I – 30/09, 01 e 02/10; Módulo II – 21, 22 e 23/10; Módulo III – 11, 12 e 13/11; e Módulo IV – 02, 03 e 04/12. As atividades ocorrerão, das 8 às 17h, na sede da ESP/CE (localizada na Avenida Antonio Justa, nº 3161, bairro Meireles), e em serviços de saúde (aulas práticas), cujos endereços serão posteriormente informados.
Com carga horária de 120 horas (100 presenciais e 20 em dispersão), o curso tem como objetivo a capacitação dos profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) para o fortalecimento das ações de vigilância e manejo clínico das pessoas que vivem com HIV/AIDS e enfrentamento da epidemia, visando a melhoria do perfil social, clínico epidemiológico e à qualidade da atenção à saúde dessa população, no Ceará.
Para atingir essa meta, esse esforço dos trabalhadores requer uma formação baseada na aprendizagem significativa e produção do conhecimento implicado com o fazer concreto das práticas de cuidados individuais e coletivos, que serão dialogados, durante o curso, como esforço para a construção do cenário de enfrentamento da doença que se quer alcançar.
HIV/AIDS no Brasil
A epidemia de HIV, no Brasil, teve início em 1980. Deste ano em diante, até junho de 2014, foram registrados 757.042 casos de Aids (condição em que a doença já se manifestou), conforme informa o último Boletim Epidemiológico. Nos últimos cinco anos, o Brasil registrou média de 39,7 mil casos de Aids, distribuídos em todas as regiões do país, com maior número de casos no Sudeste, média de 17,0 mil casos ao ano; seguido pelo Sul, com 8,6 mil, Nordeste, 7,9 mil, Norte, 3,5 mil, e Centro-Oeste, 2,7 mil .
A taxa de detecção de Aids no Brasil tem apresentado estabilização nos últimos dez anos, com média de 20,5 casos para cada 100 mil habitantes. Verificando-se a situação da epidemia por região, considerando o mesmo período de 10 anos – 2004 a 2014 -, também se observa estabilização da taxa na região Sul, com média de 31,1 casos para cada 100 mil habitantes. Nas demais regiões, houve maior variação no número de casos, identificando que na região Sudeste, a taxa de incidência caiu de 26,0 para 18,7 casos por 100 mil habitantes, enquanto que no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a taxa de incidência cresceu de 15,0 para 26,1, de 11,0 para 16,0 e de 18,7 para 20,3, respectivamente.
Diante desse contexto, conforme avaliação do Centro de Educação Permanente em Vigilância da Saúde (Cevig) da ESP/CE, é imprescindível a realização de ações concretas que visem à redução da vulnerabilidade de alguns grupos populacionais, no que se refere à infecção pelo HIV. A capacitação dos profissionais da saúde se constitui uma das ferramentas essenciais para o enfrentamento da epidemia de HIV/AIDS, pois visa despertar nestes profissionais o interesse pelo tema, incentivá-los a se tornarem multiplicadores dos conhecimentos adquiridos e sensibilizá-los quanto à importância de se trabalhar, enfatizando constantemente as ações de prevenção do HIV/AIDS e de outras DST.
Mais informações pelos fones (85) 3101.1400 ou 3101.1407.