Residência recebe apresentações de TCR

24 de julho de 2015 - 21:30

Sex, 24 de Julho de 2015 08:30

Nas duas últimas semanas o programa de Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará (RIS-ESP/CE) recebeu seus alunos para a defesa do Trabalho de Conclusão da Residência (TCR). 

Saiba sobre os trabalhos apresentados:

 

Tema: Impactos das Ações de Promoção de Saúde em Indivíduos com Sobrepeso e Obesidade.

Profissional: Raquel Lima – Nutricionista.

Ênfase: Saúde da Família e Comunidade.

Município: Horizonte. 

 

 

 

 

 

A pesquisa foi desenvolvida no município de Horizonte e de forma intersetorial, no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que é um equipamento de referência do município. Nesse ambiente foi desenvolvido um Grupo de Promoção à Saúde, durante um ano. O grupo tinha como foco pessoas adultas com sobrepeso e obesidade e visava não apenas, a parte nutricional, mas tudo que acomete o sobrepeso como: dores articulares, autoestima, ansiedade e todos os contexto que envolvesse o assunto foi direcionado no grupo. A pesquisadora concluiu que houve um fortalecimento de vínculos, o contato com o outro facilitava a busca de estratégias pra que houvesse a melhorara no quadro dos pacientes. Também foi observada a diminuição no consumo de doces, de alimentos gordurosos. Houve também a ampliação do meio social, como explica Raquel Lima “muitas vezes a pessoa fica desanimada com autoestima baixa e esse convívio, essa troca, esse relacionamento proporcionou uma melhora tanto no aspecto físico, quanto psicológico. Um dos objetivos do grupo, não era apenas, orientações de alimentação, mas sair da educação tradicional, passiva, onde a pessoa fica só recebendo as informações, onde ela não tem autonomia de cuidar-se sozinha. O objetivo principal também era dar essa autonomia, ou seja uma educação em saúde radical, como é chamada. Que ele consiga se desenvolver sem ficar na dependência do profissional de saúde”, destacou. O grupo foi desenvolvido com 33 pessoas e foi batizado de Grupo NutriAção. 

 

Tema: Possibilidades e Desafios da Consulta de Puericultura em um Município do Estado do Ceará: Um Relato de Experiência.  

Profissional: Stephane Fernandes – Enfermeira 

Ênfase: Saúde da Família e Comunidade 

Município: Brejo Santo

 

 

 

 

 

A pesquisa foi um relato da experiência da consulta de puericultura no município de Brejo Santo, onde, diferentemente dos outros municípios a ação não é realizada na Estratégia de Saúde da Família. Puericultura é programa do Ministério da Saúde que acompanha o crescimento e o desenvolvimento da criança de zero a cinco anos. No município existe uma estrutura chamada de Centro Materno Infantil (CMI) onde a consulta é realizada por pediatras. A pesquisadora encontrou as potencialidades desse método, onde 100% das crianças de zero a cinco anos são acompanhadas; há uma intervenção em tempo hábil, já que a criança está sendo acompanhada pelo especialista e caso haja um alteração relevante que necessite de uma intervenção rápida, o médico já solicita exames ou faz os encaminhamentos necessários. “Concluímos que o método é satisfatório, as mães e responsáveis pelas crianças confiam no método. Eu credito que essa ação sozinha não seja o suficiente, já que a criança sendo atendida pela Estratégia de Saúde da família pode-se traçar uma assistência integral a saúde da criança”, explicou Stephane Fernandes.  

 

Tema: Percepção das Primíparas em Puerpério Imediato Face as Dificuldades Encontradas no Aleitamento Materno Exclusivo      

Profissional: Mairton Cavalcante – Enfermeiro 

Ênfase: Saúde da Família e Comunidade

Município: Iguatu

 

 

 

 

 

O Puerpério é um período que compõe 60 dias do pós-parto e é subdivido em imediato, mediato, tardio e remoto. O período escolhido para a pesquisa foi o mediato entre a terceira hora até décimo dia. O trabalho foi realizado sobre o aleitamento materno exclusivo nesse período, onde existe uma tradição antiga, que as cuidadoras como: avós, mães e tias, ainda mantêm na parte da alimentação do recém-nascido e querem introduzir alimentos complementares. “Temos batalhado para transformar essas tradições familiares para um beneficio do aleitamento materno exclusivo. O que é orientado às gestantes pela Atenção Básica e a Estratégia de Saúde da Família no tocante a esse assunto, pois é o colostro, o leite materno que é o melhor alimento para constituir a imunidade da criança. Então, convencê-las é o nosso papel e orientá-las a amamentar exclusivamente pelo menos até os quatro meses, o ideal seria até os seis meses, que sabemos é o melhor para as mães e para os bebes”, explica Mairton Cavalcante. O trabalho foi desenvolvido por entrevista semiestruturadas com visitas às casas dessas mulheres junto com as equipes de Estratégia de Saúde da Família. A pesquisa concluiu que uma das primeiras dificuldades que se encontra e a de que as mulheres não produziam leite suficiente e outro ponto observado foram as orientações tradicionais que chocam com as orientações da Atenção Básica. 

 

Tema: Acolhimento: A Percepção dos Profissionais da Equipe de Saúde da Família da Unidade João Paulo II 

Profissional: Francinete Alencar – Enfermeira 

Ênfase: Saúde de Família e Comunidade 

Município: Iguatu

 

 

 

 

 

A pesquisa foi desenvolvida a partir da observação do atendimento e do direcionamento das ações dos profissionais de saúde da Unidade aos usuários. “Percebi que havia uma grande demanda, mas mal estruturada e senti a necessidade de implantar a tecnologia do Acolhimento”, justifica Francinete Alencar. Para a pesquisa foi elaborada um questionário com quatro perguntas para tentar evidenciar se os profissionais entendiam o que era acolhimento. Objetivo da pesquisa era entender qual era a percepção daqueles profissionais acerca do tema Acolhimento. “Foi concluído que a equipe entendia acolhimento como, um bom dia, um sorriso, na verdade a equipe desconhecia a ferramenta da Tecnologia das Relações Acolhimento. Institucionalmente não existe Acolhimento, mas equipe achava que existia, que com aquele comportamento já estavam se utilizando da Tecnologia, mas o que acontece são normas de convivência. O Acolhimento é para além, é uma ferramenta que vai procurar estruturar o serviço de saúde e centrar o atendimento nas demandas dos usuários”, explica a pesquisadora. E acrescenta “muitas vezes as pessoas ficam pensando que funcionário é ruim, que ele não faz o Acolhimento, não é isso. É preciso que se tenha toda uma organização da Atenção Básica pra que ele se coloque e implante a Tecnologia. É necessário que se tenha uma estrutura de trabalho pra a implantação de uma ferramenta tão importante quando essa que é a Tecnologia das Relações chamada Acolhimento”.

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