Simpósio debate a Primeira Infância
5 de outubro de 2016 - 06:14
Qua, 05 de outubro de 2016 10:17
> PROGRAMAÇÃO <
Voltado para estudantes e profissionais que atuam no segmento da primeira infância, o Simpósio, segundo Anamaria Cavalcante e Silva, gestora da Dipsa, tem como objetivo apresentar, para a comunidade científica e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), trabalhos e pesquisas desenvolvidas, prioritariamente, pelos mestrandos e docentes do Mestrado Profissional na Saúde da Criança e do Adolescente da UECE e experiências bem-sucedidas do sistema de saúde e educação do Ceará no segmento da Primeira Infância, tais como Trevo Quatro Folhas (Sobral), Cresça com seu Filho (Fortaleza) e Infância Primeiro Lugar (Ceará).
Para enriquecer os debates, o Simpósio contará com a participação de dois renomados palestrantes. Um deles é Jayme Murahovschi, médico pediatra especialista por proficiência em gastroenterologia pediátrica. É Doutor pela Faculdade de Medicina da USP e Livre-docente em Pediatria Clínica pela Escola Paulista de Medicina, Professor Titular de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas de Santos. É autor premiado de vários trabalhos científicos. Outra palestrante é a médica Sophie Eichmann, de Pernambuco, especialista em Neurologia Pediátrica que se dedica aos estudos do desenvolvimento infantil. Sua tese de doutorado teve como tema o “Desenvolvimento infantil: fatores determinantes e impacto de um programa de estimulação psicossocial”.
Anamaria Cavalcante e Silva informa que o Simpósio foi idealizado em função da importância que a Primeira Infância hoje representa no campo da neurociência. “Há um consenso no conhecimento científico que esse é um período essencial no desenvolvimento do indivíduo”, destaca a gestora da Dipsa, ao reforçar que, segundo a Unicef, tudo se decide até os seis anos de idade. Ela disse que o evento foi planejado junto com Ana Valeska Siebra, coordenadora do Mestrado Profissional na Saúde da Criança e do Adolescente da UECE, para comemorar os 15 anos de criação do Mestrado. “O Simpósio será uma forma dos mestrandos e docentes da UECE interagirem com a sociedade acadêmica e profissionais de saúde”, acrescenta ela.
Primeira Infância
Está comprovado cientificamente, segundo o médico clínico e psicoterapeuta João Augusto Figueiró, presidente do Instituto Zero a Seis, que até os 6 anos de idade, mais de 90% de toda a circuitaria cerebral está formada. O argumento de que a primeira infância é decisiva na formação do adolescente e do adulto passou a sustentar-se em estudos e pesquisas científicas nos últimos 100 anos. Mais recentemente, a neurociência evidenciou que episódios precoces de natureza física, emocional, social e cultural permanecem inscritos por toda a vida nas conexões sinápticas, por meio de fenômenos de neuroplasticidade e biomoleculares.
De um modo geral, chama-se Primeira Infância ao período que vai desde a concepção do bebê até o momento em que a criança ingressa na educação formal. Isso quer dizer que a Primeira Infância engloba a gestação, o parto e os primeiros anos de vida da criança. Como o início da educação formal não se dá na mesma idade em todos os países, há diferentes noções do final da Primeira Infância. No Brasil, consideramos que a Primeira Infância acaba quando a criança completa seis anos de idade.
De acordo com os especialistas, a Primeira Infância é um período muito importante para o desenvolvimento da criança e as experiências dessa época são relevantes para o resto da vida, mesmo aquelas que acontecem durante a gestação e enquanto o bebê é pequeno, ainda não sabe falar e nem tem memória apurada dos fatos que acontecem à sua volta.
Durante a Primeira Infância ocorrem o crescimento físico, o amadurecimento do cérebro, a aquisição dos movimentos, o desenvolvimento da capacidade de aprendizado, a iniciação social e afetiva, entre outros, e cada um desses aspectos é interligado com os demais e influenciado pela realidade na qual a criança vive. Os estudos mostram que quanto melhores forem as condições para o desenvolvimento durante a Primeira Infância, maiores são as probabilidades de que a criança alcance o melhor do seu potencial tornando-se um adulto mais equilibrado, produtivo e realizado.
Os estudiosos defendem que é nessa etapa da vida que os alicerces das competências e habilidades emocionais e cognitivas futuras do adulto são estabelecidas. E isso acontece especialmente entre o nascimento até três anos de idade, quando áreas fundamentais do cérebro são desenvolvidas – áreas associadas às emoções, aos contatos interpessoais, aos padrões de funcionamento, ao caráter, à personalidade e à aprendizagem .
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