Workshop com foco na coordenadoria educacional de transplantes reúne profissionais da saúde e sociedade civil

8 de dezembro de 2022 - 10:02 # # # # #

Texto: Daniel Araújo Fotos: Raiane Ferreira

Mais do que uma ação de saúde, o processo de doação de órgãos e transplantes é um gesto de solidariedade, empatia e amor à vida. Foi refletindo sobre a união desses valores que a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), por meio da sua Central de Regulação de Transplantes (Cetra) realizou nesta quarta-feira (07) o VII Workshop de Coordenador Educacional de Transplantes. O evento, que ocorreu na Faculdade Rodolfo Teófilo, foi realizado em parceria com a Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE).

Estiveram presentes associações de pacientes transplantados, residentes multiprofissionais em Transplantes, membros de ligas acadêmicas da área da saúde, integrantes do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde da Universidade Estadual do Ceará e profissionais da área da saúde cearenses.  

Ao longo de todo o dia, os participantes trocaram experiências sobre as especificidades do processo de doação e transplantes; o trabalho das instituições de saúde cearenses no fortalecimento das doações e do transplante de órgãos no estado, além dos caminhos para a efetivação da Política Estadual de Educação Permanente em Transplantes do Ceará.

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Vamos trabalhar no acolhimento das sugestões trazidas por esses profissionais a fim de melhorarmos a qualidade dos serviços prestados na área da doação e transplantes. E ninguém melhor que eles para nos fornecerem essas ações na construção desse plano”, afirmou Eliana Régia, coordenadora da Cetra. 

Vidas transformadas

As artesãs Lucineide do Nascimento (55) e Helena Faustino (55) tiveram as vidas transformadas através da doação de órgãos. Lucineide conta que deu um passo definitivo na luta contra a insuficiência renal após receber um rim da irmã, há 27 anos. “Hoje tenho uma nova vida. Estar transplantado é renascer, significa ter liberdade. Para mim, foi um sonho transformado em realidade, assim é o transplante”, relata. 

Helena Faustino (esquerda) e Lucineide do Nascimento (direita) tiveram as vidas transformadas após receberem transplantes de órgãos

Já Helena Faustino diz que a qualidade de vida melhorou consideravelmente após o transplante de um rim realizado em 2005 no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Ao descobrir que precisava realizar o procedimento em 1997, ela lembra do sentimento de ter a saúde recobrada. “O transplante foi a retomada da minha liberdade de poder viver através de um ato de amor que transforma realmente a vida da gente”, rememora.

O workshop

O VII Workshop de Coordenador Educacional de Transplantes compõe as ações do Projeto de Educação Permanente em Transplantes. De acordo com Naara Lima, a iniciativa que ocorre desde 2018 por meio de parceria entre a Cetra e a Gerência de Educação Permanente em Saúde (Geduc) da ESP, já realizou mais de 40 cursos e capacitou mais de 1.300 profissionais de saúde nessa área, no Ceará.