Vigilância de doenças crônicas não transmissíveis ganhará suporte de plataforma idealizada pela ESP/CE

10 de dezembro de 2021 - 16:26 # # # #

Texto: Elon Nepomuceno | Foto: Divulgação/ESP


Mais de 500 profissionais, entre gerentes, agentes comunitários de saúde e enfermeiros, foram capacitados em oficinas para novo modelo

vigilância dos fatores de risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) deverá passar por mudanças no Ceará em 2022, visto que está em desenvolvimento uma plataforma que vai automatizar a coleta e o armazenamento de dados dos usuários da rede pública estadual de Saúde. A iniciativa, que é coordenada pela Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), vinculada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), tem como objetivo, ainda, fortalecer as estratégias de prevenção das enfermidades.

Em paralelo à implantação do novo sistema, a ESP/CE, por meio de seu Centro de Educação Permanente em Vigilância da Saúde (Cevig), começou a capacitar profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) cearenses para que se adequem ao novo modelo de coleta das informações.

No último mês de novembro, houve o primeiro ciclo de oficinas. Na ocasião, participaram da atividade formativa agentes comunitários, enfermeiros e gerentes de três municípios: Iguatu, Crateús e Russas.

Os treinamentos foram conduzidos pelas bolsistas de Extensão Tecnológica da ESP/CE, Maria Iranilde Mesquita Rocha e Tereza Patrícia Cavalcante. Ambas estão participando, também, de um trabalho no Grupo Técnico Doenças e Agravos Não Transmissíveis (GT DANT) da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde (Covep) da Sesa.

Nesse primeiro momento, gerentes e enfermeiros das UBS participaram de forma on-line. Já os agentes comunitários de saúde (ACSs) realizaram as atividades de forma presencial, nos seus respectivos municípios de atuação. Ao todo, foram capacitados 509 profissionais.

Oportunizar essa formação para a equipe de profissionais que acompanharão de perto toda a coleta de dados do projeto, além de nos assegurar uma maior confiabilidade dessas informações, traz grandes chances na obtenção de um trabalho exitoso”, avalia a coordenadora das oficinas, Sâmia Sousa.

Mais sobre a coleta

Durante os acolhimentos, as equipes conseguem obter informações sobre diversos aspectos, como estado de saúde, situação nutricional, consumo alimentar, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, além de inatividade física e tabagismo.

A partir dos indicadores, é possível realizar o monitoramento contínuo dos hábitos e comportamentos, de tal forma que gestores e profissionais de saúde tenham subsídios para atuação e utilização das políticas públicas efetivas de promoção da saúde e prevenção das doenças.