Autoconhecimento e mudança de hábitos podem ajudar a manter a saúde mental em dia
14 de julho de 2021 - 14:12 #autoconhecimento #Centro de Extensão em Saúde #ESP/CE #mudanças de hábitos #Saúde Mental
Texto: Jackson de Moura Arte gráfica: Deborah Muniz
Medo de ficar doente, perder uma pessoa querida ou ficar sem trabalho – ou até mesmo sobrecarga de demandas no emprego. Aliado a isso, o isolamento social e o distanciamento de familiares e pessoas queridas. A pandemia impôs uma discussão, já urgente, sobre os cuidados com a saúde mental. A psicóloga do Centro de Extensão em Saúde da Escola de Saúde Pública (ESP/CE), Débora Carvalho, considera o autoconhecimento um caminho para manter em equilíbrio a saúde mental.
Segundo a especialista, refletir sobre como se vive para compreender a situação em que está é o primeiro passo para o autoconhecimento. “Pensar quais seriam as melhorias possíveis para a sua saúde de forma integral, pois partindo do autoconhecimento a busca para se sentir melhor se torna mais possível, partindo do que você conhece de si, do que gosta, do que é possível, evidentemente pode tornar as ações de melhorias praticáveis”, orienta.
O autoconhecimento é também um importante exercício de empoderamento. “Não necessariamente precisamos de alguém para apontar o que você deve fazer, mas sim você saber fazer escolhas saudáveis para si, por se conhecer, entendendo a importância e a força do autocuidado”, destaca Débora Carvalho.
Toque de mágica?
A psicóloga Débora Carvalho salienta que não há uma solução simples ou prática geral que funcione como uma receita de bolo ou toque de mágica a todos que estejam com o emocional abalado. No entanto, as reflexões podem ser um impulso no processo de autoconhecimento.
“Saúde mental implica saber sobre a sua história de vida, saber quem você é, do que você gosta, em que contexto se vive. Por isso, não há algo rápido e simples para
resolver tudo num passe de mágica. Portanto, é um trabalho que demanda constante reflexão”, pondera.
Hábitos
É importante também avaliar a rotina e considerar hábitos que podem fazer toda a diferença. Cuidar da alimentação, praticar esporte, gerenciar melhor o tempo e reservar momentos para o lazer são algumas sugestões importantes. De acordo com Débora Carvalho, essas medidas podem trazer um bom resultado, embora pareçam simples ou genéricas. Tais atitudes, destaca, não podem ser isoladas e devem entrar na rotina adquiridas simultaneamente à busca por autoconhecimento.
Um profissional de psicologia também pode ser crucial em todo esse processo, independente se as ações sugeridas até aqui promovam ou não alívio emocional.
“Precisamos desmistificar o ‘fazer terapia’, ‘o acompanhamento psicológico’ e o ‘ser atendido por psicólogo’. Muitas pessoas ainda consideram essa busca como a última alternativa a ser pensada como prática de cuidado ou somente precisa em casos sérios e graves ou ainda que se interprete de forma preconceituosa em considerar ‘que é coisa de gente doente da cabeça’, salienta.