Educação, conhecimento e sociedade pautam debate do Simpósio Pandemia, Desigualdade e Ciência
8 de julho de 2020 - 15:49 #Ciência #Desigualdade #educação #ESP/CE #Simpósio
Repórter: Daniel Araújo | Fotos: Daniel Araújo
No Dia Nacional da Ciência, celebrado neste 8 de julho, a Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (SESA), sediou um importante encontro que refletiu os impactos da pandemia nas estruturas sociais, econômicas e no campo da saúde da nossa sociedade. Foi a partir desse ponto que o “Simpósio Pandemia, Desigualdade e Ciência” reuniu pesquisadores, cientistas e profissionais da saúde acerca desse relevante debate. Realizado de forma online, o evento foi transmitido pelo canal do Youtube da ESP/CE.
O superintendente da ESP/CE, Dr. Marcelo Alcantara abriu os trabalhos da manhã destacando a importância do uso da ciência quando consideramos o caráter de indefinição do futuro da humanidade. “A ciência pode colocar luz nessas incertezas. Para podermos buscar conhecimento, soluções e caminhos que nos permitam irmos adiante”, disse o gestor, enfatizando a centralidade do trabalho permanente entre as instituições e a sociedade civil.
Essa busca pela construção de projetos de natureza cada vez mais pautada pela interinstitucionalidade também foi pontuada por José Xavier Neto, Cientista-Chefe da Saúde do Ceará e coordenador do Centro de Inteligência em Saúde do Estado do Ceará (CISEC). Para ele, o modo como o estado reagiu à Covid-19 foi uma mostra do quanto a sociedade cearense está preparada para responder ao desafio que é o enfrentamento a uma pandemia.
“O nível de organização foi impressionante. E isso nos deu uma medida muito efetiva do quanto o cearense pode ser solidário e de como as instituições estão próximas de nossos cidadãos”, reforçou Xavier, que também representou no simpósio a secretaria regional da Sociedade Brasileira para o progresso da Ciência (SBPC) e apresentou os dados do último Informe Epidemiológico Covid-19 Ceará publicado em 07 de julho de 2020.
Toda essa reflexão sobre esse trabalho colaborativo teve seu momento de destaque no evento durante a assinatura de convênio entre a Fundação de Apoio a Serviços Técnicos, Ensino e Fomento a Pesquisas (ASTEF) e SBPC. O acordo foi assinado durante a cerimônia e permitirá uma intensificação da divulgação de produtos acadêmicos e tecnológicos para a educação no estado. “A ideia é que tenhamos uma parceria bastante rica e que possamos fazermos essa divulgação entre a ciência, tecnologia e futuro do nosso país”, disse José de Paula Barros Neto, presidente da Astef.
Além da assinatura do convênio, o simpósio celebrou o aniversário de 72 anos de atuação da SBPC em defesa da ciência brasileira. Para o secretário adjunto da instituição, professor Armênio dos Santos, todo o esforço pontuado nas falas anteriores passam pelo “ideal de soberania da pesquisa e educação brasileiras, além do acesso dos cidadãos a essas dimensões da sociedade”, finalizou.
Realizado de forma totalmente online, o evento contou com uma mesa de debates mediada por Armênio dos Santos, e composta pelos pesquisadores Lindenberg Gonçalves, diretor do campus da Universidade Federal do Ceará em Russas; e por Cláudia Linhares, diretora da SBPC.
O Simpósio Pandemia, Desigualdade e Ciência foi fruto de parceria com a Fundação de Apoio a Serviços Técnicos, Ensino e Fomento a Pesquisas (Fundação ASTEF) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
OUÇA
O superintendente da ESP/CE, Marcelo Alcantara fala sobre a importância da lucidez para a construção do atual debate político-social brasileiro.
A diretora da SBPC, Cláudia Linhares, comenta sobre a relevância do acesso à educação de qualidade como mola transformadora da sociedade brasileira.
O diretor do campus da Universidade Federal do Ceará em Russas, Lindenberg Gonçalves, fala sobre os esforços dos estados nordestinos no enfrentamento à Covid-19.