ESP/CE oferta curso de vigilância e controle da hanseníase

5 de julho de 2019 - 10:42 # # #

Assessoria de Comunicação e Marketing

 

No Ceará, os casos de hanseníase apresentam crescimento da doença. Em 2018, segundo dados da Secretaria da Saúde do Ceará, foram registrados 1.700 novos casos. Foi um aumento de quase 9,5% em relação a 2017, quando o Estado teve 1.554 casos da doença.

Preocupada com essa incidência, a Escola de Saúde Pública do Ceará promoverá o Curso Básico Práticas Docentes em Vigilância e Controle de Hanseníase, a ser ministrado em dois módulos em agosto e setembro deste ano. A atividade será organizada pelo Centro de Educação Permanente em Vigilância da Saúde (Cevig) da ESP/CE, em parceria com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará.

Segundo o Cevig, o curso tem como objetivo o fortalecimento das ações de vigilância e prevenção de incapacidade das pessoas acometidas pela hanseníase e/ou com maior vulnerabilidade, visando à melhoria do perfil social, clínico e epidemiológico.

O curso terá carga horária de 60 horas, distribuídas em dois módulos presenciais e atividade de ensino e aprendizagem no ambiente de trabalho. O primeiro módulo será realizado no período de 06 a 08 de agosto. A atividade de ensino aprendizagem será de 09 de agosto a 02 de setembro. O segundo módulo será nos dias 03 e 04 de setembro.

Os módulos presenciais acontecerão no Centro de Controle de Zoonoses, na Rua Finlândia, s/n, em Sobral, de 8 às 17 horas. Nesta turma, serão ofertadas quatro vagas para o município de Sobral e duas vagas para cada um dos seguintes municípios: Frecheirinha, Moraújo, Irauçuba, Massapê, Alcântaras, Mucambo, Ipu, Catinda, Graça, Pacujá, Pires Ferreira e Hidrolândia. As vagas são destinadas, exclusivamente, para médicos e enfermeiros atuantes nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) da Região de Sobral.

Doença

Doença crônica e infectocontagiosa, causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae), a hanseníase não é hereditária e a evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada. A transmissão se dá entre pessoas. Ao sinal dos primeiros sintomas como manchas brancas ou avermelhadas na pele e perda de sensibilidade, deve-se procurar a unidade básica de saúde mais próxima.

De origem infectocontagiosa, a hanseníase é transmitida pelo ar, em contato frequente com a pessoa doente, assim como por tosse ou espirro. Como prevenção, familiares e pessoas próximas a infectados devem procurar uma unidade de saúde para avaliação. No caso de não diagnosticada, a orientação é que a pessoa receba uma dose de reforço da vacina BCG, que aumenta as defesas do imunizado contra a doença.

A vigilância e o controle da hanseníase, por meio de ações com foco na Atenção Primária, podem facilitar o acesso ao tratamento oportuno reduzindo as incapacidades físicas, que são a mais séria consequência de um diagnóstico tardio.

A hanseníase tem cura. No entanto, pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não for realizado adequadamente, pelo período recomendado pelo médico, já que atinge pele e nervos.

O tratamento para hanseníase é gratuito e oferecido na rede básica do Sistema Único de Saúde (SUS). No Ceará, o Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária Dona Libânia, da rede Sesa, é uma das principais referências de acompanhamento e atendimentos às pessoas com hanseníase. Fica na Avenida Pedro I, 1033, no Centro de Fortaleza.

Na assistência, além de atendimentos a pacientes com hanseníase, o Centro Dona Libânia realiza também atendimentos em dermatologia geral, dermatologia pediátrica, DST/Aids, oncologia cutânea, alergia, dermatoses ocupacionais, cirurgia dermatológica, entre outros.

Sintomas

Os sinais são claros. Porém, nem sempre são considerados por quem os têm. No aparecimento de manchas esbranquiçadas ou vermelhas na pele e com perda de sensibilidade nas áreas lesionadas, é preciso buscar orientação médica. Além das manchas, pessoas acometidas pela enfermidade podem apresentar caroços espalhados pelo corpo, assim como alteração de sensibilidade nas plantas dos pés e palmas das mãos.

O tratamento, que tem duração de seis meses a um ano, é feito de forma ambulatorial, oferecido pela rede básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, um dos indicadores favoráveis à transmissão da doença continua sendo a taxa de abandono, que em 2017 chegou a 4,6, reduzindo em 5% o índice de cura, de 84,2% no mesmo ano, em relação a 2014.

Mais informações pelo fone (85) 31011400.