Colóquio debate prevenção do tabagismo

22 de maio de 2019 - 11:09 # # #

Assessoria de Comunicação e Marketing

 

A Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins promove o II Colóquio Impacto das Ações de Prevenções do Tabagismo no Ceará, no próximo dia 28, às 9 horas, no auditório Pontes Neto, na sede da instituição. Aberto ao público, o evento, sob a organização do Centro de Extensão em Saúde da ESP/CE, é voltado para profissionais e estudantes da área da saúde.

Durante o evento, haverá teste de capacidade pulmonar, exposição do aplicativo QuitchNow, imagens de pulmões de fumantes e exposição da boneca Altina. O Colóquio será uma oportunidade para se debater sobre o hábito do tabagismo – um dos principais fatores de risco mutáveis para as doenças crônicas não transmissíveis – e as ações desenvolvidas para a prevenção e controle desenvolvidas no Ceará.

O Ceará é o segundo estado, junto a Roraima, com a maior redução de fumantes O índice de população de fumantes de Fortaleza caiu 1,3 ponto percentual em dois anos, o que equivale a 15% da população fumante ou 39,1 mil pessoas a menos consumindo tabaco. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, 7,3% dos fortalezenses eram fumantes em 2016, enquanto em 2014 eram 8,6%.

A prevalência de fumantes de Fortaleza é uma das menores entre as capitais brasileiras. A menor é a de Salvador (5,1%). As maiores são Curitiba (14%), Porto Alegre (13,6%) e São Paulo (13,2%). Entre 2006 e 2016, a redução do número de fumantes foi de 35% nas capitais brasileiras. Os dados são da Pesquisa Vigitel 2016 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). A pesquisa foi feita por telefone nas 26 capitais e Distrito Federal e contou com 53.210 entrevistas. Nos últimos anos, a prevalência de fumantes caiu de 15,7%, em 2006, para 10,2% em 2016.

A proibição da publicidade de cigarros nos meios de comunicação e pontos de venda e do consumo de tabaco em ambientes fechados, a obrigatoriedade das imagens de advertência sanitária nos maços e os projetos para a cessação de fumar no SUS foram passos importantes para redução do consumo de tabaco no país.

Controle

No Ceará, o governo estadual desenvolve o Programa de Controle do Tabagismo, através do Hospital de Messejana. Formado por uma equipe de profissionais especializados como médicos, enfermeiras, psicólogos e assistente social, o programa já atendeu cerca de três mil pacientes. Uma vez inscrito, o paciente passa por uma triagem médica, na qual são colhidas informações pessoais relativas ao estado psicológico e quanto à motivação para deixar o cigarro. Exames importantes são realizados para revelar como está a saúde do paciente e seu grau de dependência nicotínica.

Após a avaliação inicial, o paciente passa a fazer parte do grupo de apoio, no qual é realizado o tratamento padrão, baseado na abordagem cognitivo-comportamental, uso de antidepressivos e terapia de reposição nicotínica. Além do acompanhamento profissional, é fundamental a adoção de hábitos saudáveis, como a prática de esportes e a educação alimentar, para o sucesso do tratamento.

O sucesso terapêutico do tratamento é elevado, com taxa de abstinência tabágica de 48% em pelo menos um ano. O Programa de Controle do Tabagismo do Hospital de Messejana iniciou as atividades em 2002, sendo o primeiro tratamento público com distribuição gratuita de medicação para aliviar os sintomas de abstinência.

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