Vigilância prepara especialização em Saúde do Trabalhador

1 de dezembro de 2009 - 12:20

A Coordenadoria de Pós-graduação em Vigilância da Saúde prepara a primeira Especialização em Saúde do Trabalhador do Ceará, prevista para ser ofertada no primeiro semestre do próximo ano. São 45 vagas destinadas a profissionais de saúde que atuam na Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast). O objetivo é capacitá-los dentro da estratégia do Ministério da Saúde, de fortalecer a Renast no Ceará.

Segundo a coordenadora de Vigilância da Saúde, Alice Pequeno, os profissionais precisam estar atentos e estabelecer relações entre a saúde e o trabalho, proporcionando a ele uma atenção especializada. Isso possibilita o fortalecimento das ações na área de Vigilância e Promoção da Saúde, com ações para que os agravos decorrentes de algumas atividades sejam evitados.

Alice Pequeno informa que estão sendo realizadas sete oficinas para a elaboração do Currículo Baseado em Competências, com apoio do Centro de Desenvolvimento Educacional em Saúde (CDES), especialistas da Universidade de Campinas (Unicamp) e profissionais do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest).

Ler-dort e PAIR

Enquanto isso, a Coordenadoria de Pós-graduação em Atenção à Saúde (Copas) da Escola de Saúde Pública do Ceará e o Cerest-CE continuam as aulas do Aperfeiçoamento em Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) e do Aperfeiçoamento em LER (Lesões por Esforços Repetitivos) /DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).  As capacitações são voltadas para profissionais que atuam na prevenção e tratamento desses agravos e atendem nos hospitais da rede estadual.

Estruturação da Rede

O  Cerest-CE que está em fase de estruturação da Renast-CE. O grande desafio, segundo Rose Cavalcante, diretora do CEREST-CE, é capacitar e sensibilizar os profissionais de saúde a estabelecer o nexo causal entre a doença e o trabalho do paciente. “A maioria procura atendimento já em situação muito grave, quando se encontram impossibilitados de trabalhar e isso é um problema de saúde pública. O profissional tem que ir além da prescrição de medicamentos e ter um olhar sobre a saúde do trabalhador. Os casos têm que ser notificados compulsoriamente no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, um sistema do SUS”.

Assessoria de Comunicação e Marketing da ESP-CE