Curso de Enfermagem Obstétrica é aberto com solenidade

31 de julho de 2009 - 11:58

 

 

Enfrentar o grande desafio de reduzir a mortalidade materno-infantil no Ceará com a qualificação dos profissionais de saúde, em especial dos enfermeiros obstetras, foi defendido pelos componentes da mesa da aula inaugural do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica, realizada hoje (dia 31/07), pela manhã, no auditório Ciro Gomes da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE).

Prestigiada por enfermeiros e coordenadores das regionais de saúde do Ceará, a solenidade de abertura contou com as presenças do secretário da Saúde do Estado, João Ananias; do secretário executivo da Sesa, Raimundo Arruda Bastos; do coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonseca; do superintendente da ESP-CE, Haroldo Pontes; do presidente do Conselho Estadual de Saúde (Cesau), Alci Pinheiro; do presidente do Conselho Regional de Enfermeiros (Coren-CE), Álvaro Vieira; do coordenador do curso e responsável pelo Núcleo de Atenção à Saúde da Mulher da Sesa, Garcia Neto.

Desafio

 

 

Ao saudar os presentes, o secretário da Saúde do Ceará, João Ananias, considerou a Especialização em Enfermagem Obstétrica como um marco na construção do SUS no Ceará, sendo uma importante ferramenta na qualificação dos profissionais de saúde. Após anunciar os investimentos do governo estadual na reestruturação dos hospitais pólos dos municípios, João Ananias reforçou a importância de aperfeiçoar os serviços de saúde à população.  “Os enfermeiros, que integram a rede do SUS, têm um papel fundamental no desafio para reduzir a mortalidade materno-infantil”, cuja incidência, segundo ele, é resultado das desigualdades sociais. “Por isso, temos que mudar esse perfil e garantir a justiça social”, defendeu o secretário.
 
 
O superintendente da ESP-CE, Haroldo Pontes, ao falar sobre a trajetória do SUS no Brasil e no Ceará, lembrou que, a cada dia, os trabalhadores do SUS dão um passo decisivo no sentido de garantir o que determina a legislação brasileira, ou seja, que a saúde é um direito de todos e dever do Estado.  Em relação ao Ceará, Haroldo Pontes destacou que a atual gestão está construindo um novo tempo para a saúde pública, com ações que priorizam tanto a melhoria dos equipamentos quanto os serviços prestados por profissionais de saúde. Sobre o papel da ESP-CE, nesse sentido, Pontes disse que a Escola tem, hoje, quase 16 mil alunos em processo de formação ou qualificação, o que, sem dúvida, irá repercutir positivamente na melhoria do perfil de saúde do povo cearense, como é o caso da assistência obstétrica.

O coordenador do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica, Garcia Neto, informou que a proposta do curso surgiu em 2007, a partir da identificação pela Sesa da carência do profissional obstetra na assistência obstetrícia no Ceará. Com o apoio garantido do Ministério da Saúde, o projeto foi viabilizado, e, segundo ele, “somará forças no desafio para reduzir a mortalidade materno-infantil, através da mudança do perfil profissional de enfermeiros obstetras”, enfatizou Garcia Neto.

Especialização

Em parceria com Coordenadoria de Atenção à Saúde da ESP-CE, a Sesa capacitará 156 enfermeiros que trabalham em maternidades da rede pública. Com duração de um ano e meio, a iniciativa tem como objetivo enfrentar a carência de enfermeiros obstetras nas salas de parto nas maternidades. Com mais qualidade na assistência às mães e bebês, a Sesa pretende reduzir o número de óbitos maternos e infantis.

O público alvo do curso passará a ser especialista em obstetrícia de maternidades da rede pública de saúde dos municípios de Caucaia, Maracanaú, Canindé, Itapipoca, Acaraú, Quixadá, Aracati, Russas, Limoeiro do Norte, Camocim, Sobral, Tauá, Tianguá, Icó, Brejo Santo, Iguatu, Crato, Juazeiro do Norte e de áreas indígenas dos municípios de Itarema, Acaraú, Pacatuba e Caucaia.

Garcia Neto explicou que a especialização permitirá que os enfermeiros fiquem mais preparados para cuidar do pré-natal de baixo risco, do parto e pós-parto, bem como atualizados e capacitados em urgências e emergências obstétricas e ao recém-nascido na sala de parto. No final do curso, os enfermeiros também estarão aptos a cuidar da mulher no parto de alto risco.

Assessoria de Comunicação e Marketing da ESP-CE