Fórum discute a Atenção Básica na prevenção das DSTs e AIDS

18 de junho de 2009 - 11:42

 
                                                                                                   Foto: Andréa Veras

 

Aperfeiçoar as condutas nos programas de Atenção Básica na perspectiva de um maior controle e, por extensão, redução da incidência de casos de doenças sexualmente transmissíveis, é uma meta almejada pela Secretaria de Saúde do Ceará. Neste sentido, profissionais da Atenção Básica das Coordenadorias Regionais de Saúde de Fortaleza, Caucaia, Baturité, Macaranaú – entre médicos e enfermeiros do Programa Saúde da Família – participam, hoje, de 8 às 17 horas, do III Fórum Científico de DST/AIDS, no auditório Ciro Gomes da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE).

O evento é mais uma iniciativa da Coordenadoria de Pós-Graduação de Vigilância da Saúde da ESP-CE, em parceria com a Coordenadoria de Promoção e Prevenção da Saúde, através do Núcleo de Prevenção e Controle de Doenças e Agravos da Secretaria da Saúde do Ceará (SESA). Durante todo o dia, acontece ampla programação, enriquecida de debates e troca de informações, com o objetivo de propiciar uma discussão científica sobre a infecção por HIV com enfoques nas áreas de transmissão e prevenção, diagnóstico (com ênfase na detecção precoce) e cuidados da atenção básica às pessoas vivendo com HIV/AIDS que são assistidas em serviços de referência.

 
                                                                                                   Foto: Andréa Veras 
 
A abertura do Fórum – que mobilizou no auditório Ciro Gomes um público estimado de 300 profissionais de saúde – contou com as presenças de Manoel Fonseca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa (representando o secretário da Saúde do Estado, João Ananias); Haroldo Pontes, superintendente da ESP-CE; Telma Martins, supervisora do Núcleo de Prevenção e Controle de Doenças e Agravos da Sesa; Neide Augusta Marques, da Coordenadoria de Pós-Graduação de Vigilância da Saúde da ESP-CE; e Teresinha do Menino Jesus, médica do Hospital São José de Doenças Infecciosas.

Ao dar as boas vindas aos participantes, o superintendente da ESP-CE, Haroldo Pontes, destacou a importância do evento, inserido numa série de atividades de prevenção e controle das DSTs, articuladas pela ESP-CE e Sesa, a serem realizadas, em 2009, em todo o Ceará. As ações da ESP-CE, segundo ele, vão mobilizar, aproximadamente, 16 mil trabalhadores de saúde do Estado, no sentido de aperfeiçoar a Atenção Básica em relação às DSTs, contribuindo para a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Manoel Fonseca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, disse que os Fóruns Científicos têm um valor significativo na mudança de conduta da Atenção Básica na busca de reduzir a incidência das doenças sexualmente transmissíveis, em particular da Aids e a Sífilis. Ele revelou que, em 2008, foram registrados 400 casos de sífilis congênita no pré-natal, no Ceará, bem como o número de casos de AIDS apresentou uma elevação por causa da feminilização da doença. “As mulheres estão sendo contaminadas e transmitindo a doença para os bebês”, alertou Manoel Fonseca. 

A programação do Fórum envolveu os trabalhadores de saúde numa reflexão sobre temas ligados a prevenção e controle da DSTs/AIDS.  O cronograma de atividades focalizou a evolução histórica do HIV/AIDS e dados epidemiológicos; a detecção precoce da infecção pelo HIV/AIDS nos programas de Atenção Básica; o acolhimento aos soropositivos – desde o momento da entrega do resultado do teste anti-HIV e durante acompanhamento dos portadores da doença assistidos em serviços de referência.

AÇÕES

O município de Tianguá sediou em março passado o primeiro fórum, beneficiando municípios que compõem a 13ª e 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRES). Em abril, Aracati realizou o fórum para municípios das CRES de Aracati, Russas e Limoeiro do Norte . Estão previstos fóruns para Crateús, em agosto, e Juazeiro do Norte, em outubro.

A previsão é mobilizar mais de mil profissionais do Programa Saúde da Família (PSF) para uma discussão em torno das DSTs, especialmente a Aids, de forma que sejam intensificadas atitudes de prevenção e atendimento humanizado com seus pacientes, diagnosticando, aconselhando e informando mais acerca das doenças, inclusive da convivência com o vírus HIV.

Estão sendo distribuídos 1.150 (hum mil cento e cinqüenta) exemplares da Cartilha de DST/Aids do Ministério da Saúde, com informações estratégicas na prevenção, diagnóstico e tratamento. “A ação descentralizada é indispensável, porque não se trata de uma demanda apenas da capital. Todo o Estado tem que estar preparado para receber esses pacientes e, ao mesmo tempo, realizar ações de prevenção e diagnóstico precoce”, explica a coordenadora de  Pós-graduação em Vigilância da Saúde, Alice Pequeno.

 
 

 

 

Assessoria de Comunicação e Marketing da ESP-CE – ascom@esp.ce.gov.br