Oficina desenha currículo do Curso de Assistência Farmacêutica

16 de fevereiro de 2009 - 14:43

 

Desenhar o currículo do Curso de Aperfeiçoamento em Gestão da Assistência Farmacêutica é o objetivo da II Oficina de Trabalho, que acontece nos dias 17 e 18, na sala Ocelo Pinheiro da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE), numa promoção da Coordenadoria de Atenção à Saúde. Durante dois dias, gestores e profissionais da área farmacêutica debaterão questões pertinentes à elaboração do conteúdo programático deste curso de aperfeiçoamento.

 

Segundo Isabel Cavalcanti, gestora da Coordenadoria de Atenção à Saúde,o curso que se vai propor deve considerar o contexto social, político, econômico, sanitário e cultural e deve ter o propósito de gerar comprometimento, para que se gere maiores resultados por maior conhecimento e desenvolvimento de habilidades, provocando mais informação e maior interação e sensibilização dos gestores.

 

Um curso de capacitação para a Assistência Farmacêutica, argumenta Isabel Cavalcanti, deve ter como propósito a formação e capacitação em gestão da Assistência Farmacêutica, com objetivo de criar estrutura organizacional e técnica permanente para fortalecimento das ações de AF. Além disso, lembra a gestora, deve promover a inserção da AF nas ações de saúde, proporcionando acesso ao medicamento com uso racional visando qualidade de vida do usuário de medicamento e melhoria da qualidade das ações e serviços de Assistência Farmacêutica. “Para tanto, precisa ser oferecido para profissionais que atuam na AF, independentemente de ser ou não farmacêutico”, frisa Isabel Cavalcanti.

 

Na primeira oficina, já realizada pela ESP-CE, foram identificados os principais problemas: ações fragmentadas na área da AF; AF não existe oficialmente na estrutura/organograma de muitas Secretarias Estaduais de Saúde, inclusive nos níveis regionais; falta de apropriação por parte da equipe da AF de ferramentas práticas de planejamento; AF limitada a  gerenciadora de insumos; falta de equipes fortes, comprometidas e motivadas; não inserção das ações de AF em todos instrumentos de gestão e gerenciamento do SUS e atividades das SES (PPA, PPI, Plano Estadual de Saúde, etc.); faltam informações aos profissionais para focalizar o usuário na utilização dos medicamentos.

 

No primeiro debate, em torno da questão do “Por que o curso?”, o grupo de trabalho constatou, também, problemas na organização e operacionalização da AF nos estados brasileiros. Entre eles: falta de sistematização e logística do processo de organização e operacionalização da AF; recursos humanos – desmotivação, alta rotatividade, falta de permanência; dificuldade nas respostas às demandas jurídicas na área da AF; interferência política, influenciando o processo técnico e decisório na Assistência Farmacêutica; inexistência da multidisciplinaridade.

 

O grupo de trabalho da primeira oficina considerou que o Curso de Aperfeiçoamento em Gestão de Assistência Farmacêutica é relevante. Isso porque o retorno é a qualificação do serviço, com conseqüente qualificação do trabalho e melhoria da qualidade de vida do paciente e deve ser oferecido de maneira abrangente para que alcance toda a Assistência Farmacêutica dos estados. Ou seja, explica Isabel Cavalcanti, num primeiro momento, é importante que seja aberto a profissionais de nível superior que estejam atuando na Assistência Farmacêutica, como farmacêuticos, médicos, enfermeiros, dentistas, advogados, administradores, dentre outros.

 

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