Curso atualiza sobre diagnóstico de Chagas e Malária

31 de julho de 2019 - 10:41 # # #

Assessoria de Comunicação e Marketing

 

A Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues, por meio do Centro de Educação Permanente em Vigilância da Saúde (Cevig), promove o Curso de Atualização em Diagnóstico Laboratorial das Doenças de Chagas e Malária. A formação tem a parceria da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Ceará (COVIG/SESA/CE).

O curso objetiva capacitar os profissionais bioquímicos da Rede LACEN/CE (Laboratório Central do Ceará), dos laboratórios de hospitais de referência no diagnóstico parasitológico das doenças de Chagas e Malária e coordenadores da epidemiologia do Ceará.

Com carga horária de 80 horas/aula (teórica e prática), o curso acontecerá no período de 20 de agosto a 27 de setembro, na sede da ESP/CE. As inscrições estão abertas até o dia 05 de agosto. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (85) 3101-1400.

Doenças e diagnósticos

A doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Apresenta uma fase aguda que pode ser sintomática ou não, e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.

Na fase aguda da doença de Chagas, o diagnóstico o se baseia na presença de febre prolongada (mais de sete dias) e outros sinais e sintomas sugestivos da doença, como fraqueza intensa e inchaço no rosto e pernas, e na presença de fatores epidemiológicos compatíveis, como a ocorrência de surtos (identificação entre familiares/contatos). Já na fase crônica, a suspeita diagnóstica é baseada nos achados clínicos e na história epidemiológica.

Já a malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma no caso de uma nova infecção.

No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade mais elevada que na região Amazônica.

A malária não é uma doença contagiosa. Uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa, é necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego), infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente