ESP/CE promove curso sobre prevenção da Hanseníase

18 de novembro de 2014 - 10:54

Ter, 18 de Novembro de 2014 10:54 

 

A Escola de Saúde Pública do Ceará, em parceria com a Coordenadoria de Promoção e Proteção da Saúde, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria da Saúde do Ceará, promove a quarta turma do Curso de Ações Básicas e Prevenção de Incapacidades em Hanseníase.

O curso, que tem como objetivo fortalecer as ações de vigilância e controle de doenças crônicas, acontece de 17 a 21 de novembro de 2014, das 8 às 17h,  na sede da ESP/CE.

 

Com coeficiente de detecção de 23,6 casos novos por 100 mil habitantes em 2013 no Ceará, considerado muito alto, a hanseníase ainda é um sério problema de saúde pública no Estado. A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium leprae (M. Leprae). Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, no entanto poucos adoecem. A doença atinge pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas. A hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória.

 

A transmissão da hanseníase se dá por meio de uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB) e que, estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim infectar outras pessoas suscetíveis. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem, porque a maioria apresenta capacidade de defesa do organismo contra o bacilo.

 

No Ceará

 

No Ceará, foram notificados 1.758 casos novos de hanseníase em menores de 15 anos no período de 2001 a 2013, com média anual de 135 casos. A ocorrência da doença nessa faixa etária demonstra a existência de foco de transmissão ativo que requer ações de controle para quebrar a cadeia de transmissão.

 

A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae). Não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada. Apresenta múltiplas manifestações clínicas e se exterioriza, principalmente por lesões dos nervos periféricos e lesões cutâneas. Em um país endêmico como o Brasil, em qualquer pessoa com alteração de sensibilidade na pele deve-se pensar em hanseníase. Situações de pobreza como precárias condições de vida, desnutrição, alto índice de ocupação das moradias e outras infecções simultâneas podem favorecer o desenvolvimento e a propagação da hanseníase.

 

A transmissão se dá entre pessoas. Uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB), estando sem tratamento, elimina o bacilo pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim transmiti-lo para outras pessoas suscetíveis. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem porque a maioria tem capacidade de se defender contra o bacilo. O contato direto e prolongado com a pessoa doente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar, aumenta a chance da pessoa se infectar. Assim que a pessoa doente começa o tratamento deixa de transmitir a doença.

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