Secretaria da Saúde vai criar Comitê de Desastres

13 de julho de 2010 - 11:34

 

 

Com uma videoconferência de capacitação, a Secretaria da Saúde do Estado vai constituir o Comitê Estadual de Desastres e dar início à elaboração do Plano de Contingência para Desastres, conforme previsto na Programação das Ações de Vigilância em Saúde 2010-2011. A videoconferência é promovida pela Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde e será realizada na terça-feira, 13 de julho, das 9 às 12 horas, na sala do DATASUS, Rua do Rosário, 283, 8º andar, Centro, em Fortaleza.

O Comitê Estadual de Desastres será responsável pela articulação de ações de prevenção, preparação e resposta rápida para atenção à saúde das populações vulneráveis a acidentes naturais e com substâncias químicas e ao risco de exposição humana a fatores ambientais desfavoráveis. A Vigilância de Desastres desenvolverá ações dirigidas à redução do risco, ao gerenciamento de desastres e à recuperação dos efeitos à saúde humana.

Desastre é uma interrupção grave do funcionamento normal de uma comunidade ou sistema cujos efeitos nas pessoas, assim como as perdas e danos materiais ou ambientais, superam a capacidade de resposta e recuperação dessa comunidade. No Brasil, os principais problemas são acarretados por eventos como secas, enchentes e inundações, incêndios florestais, deslizamentos e vendavais. Um desastre ocorre quando existem condições de risco, que é determinado pela relação entre a ameaça ou perigo, de origem natural ou antrópica, e uma população vulnerável.

 

Consequências dos desastres sobre a saúde pública:

 
– número inesperado de mortes, ferimentos ou enfermidades e congestionam os serviços locais de saúde;

– danos à infra-estrutura local de saúde e alteração da prestação de serviços de rotina e ações preventivas, com graves conseqüências a curto, médio e longo prazo, em termos de morbi-mortalidade;

– comprometimento do comportamento psicológico e social das comunidades;

– causa de escassez de alimentos com graves conseqüências nutricionais;

– deslocamentos espontâneos da população, acarretando risco epidemiológico;

– aumento da exposição climática da população desabrigada;

– destruição ou interrupção dos sistemas de produção e distribuição de água, dos serviços de limpeza urbana e esgotamento sanitário, o que favorece a proliferação de vetores;

– aumento do risco de enfermidades transmissíveis.

 

Experiência internacional

Além de participar das ações para atenuar os efeitos das secas e enchentes que periodicamente castigam o Ceará, a Sesa já tem experiência internacional em situações de emergência. No início deste ano criou o Comitê Cearense de Solidariedade ao Povo do Haiti, vítima do terremoto do dia 12 de janeiro. Através do Comitê, arrecadou e enviou ao Haiti 15 toneladas de medicamentos, levados pelo navio Garcia Garcia D´Ávila da Marinha do Brasil. E mais: o médico cearense Fredercio Arnaud integrou uma equipe brasileira  formada por 13 médicos voluntários e várias partes do Brasil. Atendeu a população em hospital flutuante, no navio italiano Conde de Cavour.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação da Sesa