Simpósio traz ao Ceará especialista e pesquisadores em Influenza A (H1N1)

28 de maio de 2009 - 16:50

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) e a Sociedade Cearense de Infectologia (SCI) trazem a Fortaleza o professor de Virologia e pesquisador da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto Eurico de Arruda Neto, que ao lado dos médicos Manoel Dias da Fonseca Neto, coordenador do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Influenza A, e Mariana Mota Moura Fé, do Hospital São José, vai proferir palestra no Simpósio Influenza A (H1N1): a visão de especialistas e pesquisadores. O simpósio será realizado neste sábado, 30 de maio, das 8h30min às 12 horas, na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE), na Avenida Antonio Justa, 3161, Meireles.

A Influenza A é uma doença respiratória causada pelo vírus A, transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio de tosse, espirro ou de secreções respiratórias de pessoas infectadas. O reaparecimento da doença foi descoberta na última semana de abril de 2009, quando foi identificado no México um surto de casos de Influenza A, popularmente chamada de gripe suína. O vírus causador da doença, o H1N1, é uma variante nascida em porcos a partir dos vírus causadores da gripe humana e aviária.

O vírus atinge os porcos, mas não é transmitido, segundo os médicos, para humanos que comem a carne do animal, e sim por via aérea. Já chega a 91 o número de mortes provocadas pela influenza A (H1N1) – gripe suína –, segundo balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com boletim divulgado nesta segunda-feira, 46 países já reportaram casos oficiais da doença, totalizando 12.515 pessoas infectadas. Mais da metade das ocorrências foram registradas nos Estados Unidos, que têm 6.552 pessoas infectadas e nove mortes. O México, com 4.174 doentes confirmados, é o país com o maior número de óbitos (80).  Este evento é considerado uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional.

No Brasil, o Ministério da Saúde confirma nove casos de Influenza A. De acordo com os dados das secretarias estaduais de saúde repassados ao Ministério da Saúde, os casos estão nos estados de São Paulo (quatro), Rio de Janeiro (um), Distrito Federal (um), Rio Grande do Sul (um), Rondônia (um) e Rio Grande do Norte (um). São considerados suspeitos os casos de pessoas que apresentam febre alta de maneira repentina (acima de 38ºC) e tosse, podendo estar acompanhadas de dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória. Os sintomas precisam ter surgido até dez dias após a pessoa sair de países que reportaram casos da doença.

Além disso, 13 casos estão em monitoramento em oito estados e o número de descartados chegou a 308. São considerados casos em monitoramento aquelas pessoas procedentes de países afetados, com febre não medida e tosse, podendo ou não estar acompanhada dos demais sintomas. Até o momento, foram confirmados nove casos da doença, nos estados do Rio de Janeiro (três), São Paulo (três), Minas Gerais (um), Rio Grande do Sul (um) e Santa Catarina (um). Os primeiros oito pacientes confirmados já receberam alta. No balanço divulgado hoje, o Ministério da Saúde reforça que não há evidências de sustentabilidade da transmissão de pessoa a pessoa do vírus da Influenza A (H1N1). “Desse modo, a transmissão no Brasil é limitada não sustentada”, diz a nota.

No Ceará, a Secretaria da Saúde do Estado estruturou o Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Gripe  para integrar ações de controle e prevenção ao vírus H1N1, com a participação de órgãos e instituições estaduais, municipais e federais. Além das secretarias da Saúde do Estado e da Saúde do município de Fortaleza, formam o Comitê: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Infraero, Cia Docas, Ceará Portos, Hospital Universitário Walter Cantídio, Defesa Civil do Estado, Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Estado, Associação dos Hospitais do Estado do Ceará.

Fonte: Assessoria de Comunicação da SESA