Sesa realiza curso com profissionais de saúde para ação em casos de acidentes com animais peçonhentos
19 de novembro de 2024 - 16:52 #Animais Peçonhentos #capacitação #Treinamento
Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto: Evelyn Ferreira e Daniel Araújo
Fotos: Raiane Ferreira
Evento reuniu profissionais da saúde no auditório da ESP/CE
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) realizou, nessa semana, o treinamento “Vigilância e assistência aos acidentes por animais peçonhentos”, voltado para profissionais da saúde que atuam em unidades que recebem pacientes vítimas de acidentes envolvendo veneno de animais. O curso, realizado na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), começou na segunda (18) e seguiu até terça-feira (19).
A coordenadora de Imunização (Coimu) da Sesa, Ana Karine Borges, afirma que o evento foi pensado para capacitar os profissionais para o atendimento integral da vítima.
“O foco da Sesa é que a gente possa treinar cada vez mais profissionais de todas as Regiões de Saúde para que eles possam estar capacitados para oferecer essa condução adequada”, diz.
Casos mais frequentes
A coordenadora da Covep, Ana Maria Cabral, trouxe o cenário epidemiológico do Ceará
Ana Maria Cabral, coordenadora de Vigilância Epidemiológica e Prevenção e Saúde (Covep) da Sesa, reforça a importância da notificação dos casos de acidentes com animais peçonhentos. No Ceará, os mais comuns são os que envolvem, respectivamente, escorpiões, serpentes e abelhas. Sendo que este último caso, embora não esteja no topo das ocorrências, é o que tem gerado mais preocupação para a saúde pública, por não haver soro específico contra veneno de abelhas.
Para a coordenadora, a ação humana tem forte influência na quantidade de casos de acidentes com veneno de animais, já que estes perdem seu habitat natural e, por consequência, buscam abrigo dentro de casas, nas cidades, podendo ocasionar acidentes. “Em alguns municípios, os acidentes causados por abelhas são mais recorrentes. E a gente vê mudanças dentro desses municípios, como construções, desmatamentos e as condições naturais da própria região. Isso tudo influencia no aumento de agressões por abelhas e a gente tem alguns desfechos fatais”, diz a coordenadora.
Da teoria à prática
Os participantes puderam aprender também em situações com simulações realísticas
No segundo dia de atividades, os discentes participaram de um treinamento de simulação realística, atividade do módulo prático. O momento foi conduzido pela equipe do Centro de Simulação em Saúde (CSS) da ESP/CE.
“Quando a gente trabalha com a metodologia da simulação, os alunos conseguem identificar os pontos de aprendizagem a melhorar, assim como potencializar os acertos diante desse manejo que obedece um fluxo que vai desde o recebimento da vítima à realização da notificação, dispensa dos antígenos, entre outras fases desse processo”, explica Rafael Dantas, responsável técnico pelo CSS.
O médico Gabriel Leitão (foto), 42, atua no município de Beberibe e veio a Fortaleza para a capacitação. Ele afirma que a experiência do exercício prático vivenciado durante o curso consolida o conhecimento adquirido ao longo dos dois últimos dias. Ouça o depoimento do profissional.