Setembro Verde: Sesa realiza curso de determinação de morte encefálica

13 de setembro de 2024 - 16:26 # # #

Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto e fotos: Kelly Garcia

A orientadora da Cetra, Eliana Barbosa, destacou que o curso tem uma importância para além dos transplantes

A Saúde do Ceará promoveu, nesta sexta-feira (13), uma capacitação para determinação de morte encefálica. O curso é voltado a médicos com, no mínimo, um ano de experiência no atendimento de pacientes em coma e acontece quatro vezes ao ano.

Promovido pela célula do Sistema Estadual de Transplantes (Cetra) da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), a capacitação ocorreu na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE).

A programação vai ao encontro da temática do Setembro Verde, mês de conscientização e incentivo para a doação de órgãos, já que faz parte do projeto de educação permanente de Doação e Transplantes. O objetivo é capacitar os profissionais para determinar a morte encefálica e notificar potenciais doadores. A morte encefálica é definida quando há perda irreversível das funções do cérebro.

A capacitação ocorreu na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE)

De acordo com a orientadora da Cetra, Eliana Barbosa, esse curso tem uma importância para além dos transplantes. “Os médicos ficam aptos a darem o diagnóstico de morte encefálica com mais agilidade e isso possibilita tanto mais rapidez para entrevistar a família em caso de doação de órgãos, como também para a liberação do leito de UTI para outros pacientes, já que, com a morte, o suporte terapêutico deixa de ser necessário e outro paciente poderá utilizá-lo”, explica.

Outro aspecto positivo dessa capacitação é a participação de médicos do interior do Estado. “Nossa intenção é capacitar o maior número possível de profissionais de todo o Ceará. Nesta edição, temos médicos de várias regiões de saúde participando: Tauá, Limoeiro do Norte, Sobral, Quixeramobim, entre outras cidades. Isso reflete a preocupação da Sesa com a regionalização, o que tem um impacto muito positivo para a população”, diz.

A programação vai ao encontro da temática do Setembro Verde, mês de conscientização e incentivo para a doação de órgãos

Capacitação contínua

Segundo Eliana Barbosa, o curso ocorre desde 2018, quando o Conselho Federal de Medicina passou a exigir que os diagnósticos de morte encefálica fossem dados por médicos com formação específica para isso. Entre os módulos, são tratados, por exemplo, os fundamentos éticos e legais da Determinação de Morte Encefálica e realizadas aulas práticas de neuroimagem, exame clínico e testes de apneia.

O médico generalista Hugo Diógenes trabalha na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional Vale do Jaguaribe há quatro anos e participou do curso pela primeira vez. Para ele, a capacitação irá auxiliar na rapidez desse tipo de diagnóstico. “O ideal é que todos os plantonistas tenham essa capacitação, que faz parte do meu trabalho e ajuda a salvar vidas, tanto no caso da rapidez para a captação dos órgãos, como na liberação do leito”, destaca.

A residente em Neurologia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Livia Rodrigues, acredita que com essa capacitação, os diagnósticos de morte encefálica serão dados de forma mais eficiente, melhorando o atendimento à população. “Quanto mais gente capacitada, mais rápido poderemos dar um retorno para a família sobre a situação do seu ente querido”.