ESP/CE e Idesco apresentam proposta de Rede Colaborativa de Inovação Aberta em Saúde

18 de junho de 2021 - 17:49 # #

Uma conexão que teve início com a produção de face shields e de um portal de informações sobre a Covid-19 poderá se tornar um hub de inovação em saúde no Ceará. A articulação foi feita pela Escola de Saúde Pública do Ceará, através do seu Laboratório de Inovação (Felicilab) e pelo Idesco (Instituto Desenvolvimento, Estratégia e Conhecimento). O CriarCe – projeto do Governo do Ceará, realizado por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece) – foi o espaço de que acolheu as duas instituições para realização do encontro. 

Cada uma das instituições relatou, no encontro que ocorreu na última quinta-feira, 17, suas experiências na área da inovação e saúde durante o período da pandemia. No caso do CriarCE, por exemplo, houve a produção de equipamentos de segurança para profissionais de saúde. “Tudo começou com um pedido por face shields para os profissionais do Hospital Geral de Fortaleza. Mobilizamos as pessoas, as impressoras, recuperamos esses equipamentos, inclusive, e entregamos mais de 10 mil proteções faciais na primeira onda da pandemia”, explica Thiago Barros, coordenador do CriarCE. A partir daí, novas ideias e articulações tomaram fôlego e junto a outras organizações como o Laboratório Biofísico de Respiração (LBR/UECE) e o Instituto Idesco, foram também desenvolvidos um vídeo-laringoscópio de baixo custo com barreira de proteção e um ventilador pulmonar, com tecnologia 100% cearense. 

A ESP/CE, através de seu laboratório de Inovação, apresentou sua experiência na construção do site coronavirus.ceara.gov.br, no início da pandemia, em 2020, do aplicativo iSUS, além da participação na Central de Ventiladores Mecânicos do Estado, iniciativa em parceria com o Senai, e também no apoio à criação do Elmo, capacete de respiração não invasivo, fruto de força-tarefa público-privada.

Para Marcelo Alcantara, superintendente da ESP/CE, o Elmo foi um exemplo de como é possível criar soluções que resolvam problemas reais da saúde envolvendo um coletivo de parcerias e investimentos. “Agora precisamos avançar nessa capacidade de desenvolvimento a partir de um modelo de negócio que identifique e envolva parcerias do início ao fim do processo, da identificação do problema de saúde até a testagem e utilização final da solução”.

Segundo Alice Pequeno, à frente dos projetos de inovação da ESP/CE, o fato de a ESP ter se tornado uma Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação facilita a execução de processos inovadores. “Ao se tornar uma ICT, a ESP constitui o NIT (Núcleo de Inovação Tecnológica) com a proposta de disseminar a cultura de inovação aberta em saúde e integrar as potencialidades das instituições”.

Além das instituições já citadas, estiveram presentes no encontro o Laboratório de Pesquisa e Inovação em Cidades da Unifor, que apresentou a experiência do Elmo 2.0, e a Rede de Núcleos de Inovação do Ceará (Rede NIT-CE). A Escola de Saúde Pública do Ceará deve atuar como articuladora desse possível hub de inovação em saúde. O próximo passo é pensar nos termos de cooperação necessários para materialização das parcerias.