Barreiras sanitárias em aeroportos são fundamentais para impedir a transmissão da doença

12 de maio de 2020 - 10:47 # # #

Repórter: Daniel Araújo Fotos: Lucília Falcão

Devido à pandemia de coronavírus, o Governo do Ceará, por meio da Secretaria do Estado (Sesa), tem implementado políticas públicas a fim de realizar a detecção rápida da Covid-19 e evitar a disseminação da doença no território cearense. Uma dessas iniciativas é o Projeto de Barreiras Sanitárias, realizado em aeroportos do Ceará.

Implementado pela Sesa no início de março, através da Coordenadoria de Vigilância Sanitária (COVIS), a iniciativa conta com o apoio da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) na execução diária de barreiras sanitárias no aeroporto de Fortaleza e no de Juazeiro do Norte, no Sul do Estado. Ao todo, 59 residentes dos 11 programas de residência em saúde da ESP/CE e três supervisores atuam no serviço.

No aeroporto de Fortaleza, acontecem cerca de 700 rastreamentos por dia. As equipes realizam, na área de desembarque dos aeroportos, o serviço de aferição de temperatura corporal, triagem, repasse de informações sobre os sintomas da doença e, em caso de necessidade, encaminham o passageiro à rede de atenção à saúde. Os profissionais atuam em regime de escalas diurnas e noturnas, 24 horas por dia.

O público-alvo da ação engloba passageiros oriundos de voos internacionais e passageiros de voos nacionais dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Bahia. Em cada um dos dois aeroportos onde o serviço acontece, as equipes de saúde contam com sala de paramentação e desparamentação, sala para atendimento individual de passageiros, estacionamento gratuito para os técnicos e local estratégico para a recepção dos passageiros.

Lucília Falcão é supervisora na RIS-ESP/CE e tem supervisionado as atividades dos residentes nos aeroportos. Ela explica que todos os dados coletados nos atendimentos individuais, por exemplo, são encaminhados para a Célula de Vigilância Sanitária da SESA. Para ela, a grande relevância das barreiras sanitárias é o seu caráter preventivo. Para ela, o caráter preventivo das barreiras sanitárias é o diferencial do projeto. “Fazendo o rastreamento desses passageiros, você evita a disseminação do coronavírus cidades e reduz a probabilidade de novos casos, se essas pessoas estiverem contaminadas”, afirma.