ESP/CE e Sesa reúnem profissionais de saúde em simpósio para atualização e prevenção contra emergências sanitárias
20 de agosto de 2025 - 11:32 #emergências #ESP/CE #sanitárias #saúde #Simpósio
Assessoria de Comunicação da ESP/CE
Texto: Juliana Marques
Fotos e vídeos: Raiane Ferreira
Arte gráfica: Rafael Medeiros
Encontro mobilizou cerca de 200 participantes de diversas partes do estado durante dois dias de programação
“A discussão sobre a possibilidade de novas pandemias e emergências sanitárias deve ser feita de maneira integrada, envolvendo sempre o meio ambiente, a saúde humana e animal”, afirmou o secretário executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, Antonio Silva Lima Neto (Tanta). O gestor foi uma das referências técnicas que compuseram a mesa de abertura do 3º Simpósio de Zoonoses, Entomologia e Controle de Vetores com Foco em “Uma Só Saúde”.
A iniciativa, realizada pela Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), aconteceu no auditório da instituição de ensino, em Fortaleza, nessa segunda (18) e terça-feira (19).
Palestras, mesas-redondas e exposições integraram a programação do evento, a fim de ampliar conhecimentos sobre as questões relacionadas às zoonoses, à entomologia e ao controle de vetores.
“Quando falamos de zoonoses – doenças infecciosas transmitidas entre animais e humanos, como as arboviroses, por exemplo -, é necessário colocar em debate também os determinantes que, muitas vezes, estão no ambiente e na população animal que interage com o ser humano. Por isso, a cada ano, esse simpósio se torna mais importante e estratégico para a Saúde do Estado”, afirmou Tanta. Assista ao depoimento do gestor.
A médica veterinária e integrante da equipe de Vigilância Sanitária do município de Varjota, Dheeny Gomes, que participou, pela primeira vez, de uma atividade educativa na ESP/CE, viu no fórum a chance de potencializar saberes. “Soube do evento quando apareceu para mim uma publicação nas redes sociais e quis fazer parte, não só pelo aprendizado, mas buscando aprimorar o meu currículo”.
Para a profissional, o conhecimento adquirido no encontro foi rico e poderá ser replicado em diversas ocasiões. “A temática foi ao encontro dos desafios que enfrentamos lá no meu município, que vão desde fiscalizações em comércios até as denúncias de abatedouros clandestinos”, explicou.
Em Itaitinga, Cleonardo Costa, que também esteve no simpósio, atua como coordenador de Vigilância Ambiental. Segundo ele, cerca de 30 trabalhadores realizam as ações de monitoramento no município. Veja:
De acordo com a organização, aproximadamente 200 participantes, entre gestores das Coordenadorias das Áreas Descentralizadas de Saúde (COADS), Agentes de Combate às Endemias (ACEs), assessores técnicos e estudantes da área, compareceram à conferência.
A palestra magna “Fiocruz Ceará e as ações de Vigilância no território” aconteceu no primeiro dia de congresso e foi conduzida pela coordenadora-geral, Carla Freire, e a coordenadora de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Ceará), Vanira Pessoa.
Nos momentos seguintes, foram abordadas temáticas como: “Vigilância Entomológica: como instituições e comunidades podem fortalecer o controle de vetores e zoonoses”; “a raiva no contexto da Vigilância em Saúde: avanços e desafios”; além de “Procedimentos para coleta, acondicionamento e transporte de amostras para diagnóstico humano e animal”.
“No primeiro simpósio, trabalhamos com apenas um dia de evento, mas vimos que precisávamos de um cronograma mais robusto, a fim de abranger ainda mais profissionais. Por isso, nesta edição, foram dois dias de atividades, trazendo especialistas da Universidade Estadual do Ceará (Uece), da Fiocruz, do Ministério da Saúde (MS) e da Sesa, todos envolvidos com a saúde única”, explicou a gerente de Educação Profissional em Saúde da ESP/CE, Vanessa Araújo.
Acervo do Laboratório de Vetores, Reservatórios e Animais Peçonhentos da Sesa esteve exposto no evento
Assim como nas edições passadas, os inscritos na reunião puderam conhecer de perto algumas espécies, preservadas em álcool, do acervo do Laboratório de Vetores, Reservatórios e Animais Peçonhentos, vinculado à Sesa. A exposição foi acompanhada por técnicos no equipamento, que conduziam explicações sobre cada item.
Cobras, escorpiões, aranhas, peixes-leão, morcegos, barbeiros, caravelas-portuguesas e águas vivas estavam à disposição dos visitantes do espaço. Além disso, uma mesa mostrando o ciclo evolutivo do mosquito Aedes aegypti ficou montada no local.
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