ESP/CE integra projeto que discutirá controle das arboviroses

28 de fevereiro de 2019 - 11:09

Assessoria de Comunicação e Marketing - ESP/CE | ascom@esp.ce.gov.br

 

A Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) sediou, durante a última quarta-feira, 20, uma reunião com um grupo de pesquisadores com o objetivo de discutir um estudo a ser desenvolvido acerca da avaliação das praticas no controle das arboviroses no Brasil e na América Latina. Durante o encontro, os pesquisadores e instituições presentes puderam apresentar as primeiras diretrizes sobre o projeto, bem como as etapas do seu cronograma.

A pesquisa possui caráter internacional multicêntrico e será realizada em parceria com a Universidade Estadual do Ceará (UECE), a Fundação Santa Fé de Bogotá (Colômbia), e a Universidade de Yucatán (México). A ESP/CE integra o grupo de pesquisadores envolvidos por meio do seu Centro de Investigação Científica (Cenic).

A proposta visa ampliar as intervenções participativas voltadas para a vigilância, prevenção e controle das doenças transmitidas pelo Aedes em três cidades: Fortaleza (Brasil), Armênia (Colômbia) e Mérida (México). Equipes multidisciplinares coletarão indicadores epidemiológicos e entomológicos no início, meio período e fim do projeto em uma amostra domiciliar da área de intervenção e controle para avaliar o seu impacto.

O projeto também avaliará os resultados de governança, os custos e a eficácia da intervenção em escala comparada ao programa de controle de vetores de rotina. Uma característica complementar será a concepção e implementação de um sistema de vigilância inovador que envolverá a comunidade para melhorar a detecção de casos.

Órgãos estaduais e municipais, bem como ONGs, organizações comunitárias e instituições acadêmicas co-liderarão a ampliação das intervenções. Recursos locais e nacionais foram comprometidos com a implementação do projeto. De acordo com o grupo de pesquisadores envolvidos na iniciativa, espera-se que o projeto faça uma contribuição significativa para a prevenção do zika, chikungunya e dengue através de novas intervenções de controle e vigilância de vetores potencialmente aplicáveis em muitos outros países.

Histórico

Brasil, Colômbia e México são os três países latino-americanos com maior número de casos de dengue nos últimos anos. Essas nações também enfrentaram surtos de Chikungunya (2014-2015) e Zika (2015-2016), todas as três doenças transmitidas pelo mesmo vetor de mosquitos, o Aedes aegypti.

Durante o trabalho anterior das principais instituições de pesquisa nas três cidades, foram desenvolvidos elos fortes com partes interessadas estratégicas relevantes que mitigarão os riscos associados a potenciais barreiras políticas e administrativas à implementação.